Atleta de Goianira participará do evento entre os dias 22 e 26 de junho em Santa Catarina

No próximo mês começa o Super Campeonato Brasileiro de Taekwondo na cidade de São José, em Santa Catarina. O sul do Brasil receberá, entre os dias 22 e 26 de junho milhares de competidores. Após um período de isolamento e grandes restrições por conta da pandemia do coronavírus, o esporte pôde ser retomado apenas no segundo semestre de 2021 e a expectativa é de que seja um ano de reafirmação.

Os lutadores têm o ano de 2022 como um recomeço, afinal, tanto as competições regionais e nacionais. A cidade de Goianira terá como sua representante a atleta Juliana Miguel, campeã regional do campeonato Centro-Oeste deste ano. A lutadora, inclusive, está classificada para o Grand Slam 2023 para fazer parte da Seleção Brasileira de Taekwondo.

Dentre seus títulos, vale destacar o 4º lugar no Campeonato Mundo no Vietnã, pela Seleção Brasileira de Taekwondo Júnior, campeã e vice-campeã brasileira, nove vezes campeã estadual, reserva da seleção brasileira adulto, campeã do Open Chile, vice na Argentina e 3º lugar no ranking nacional do esporte. Ao Jornal Opção, Juliana conta que começou ainda criança, com apenas oito anos, com o incentivo dos pais. “Sempre gostei de arte marcial, de ação, de sentir aquela adrenalina. Eu amo sentir isso e já estive em diversas competições nacionais e internacionais”, diz.

As expectativas para o campeonato estão altas. “Quero trazer esse título para o nosso estado e para Goiânira”. Ela, que é professora de educação física e possui um estúdio onde ministra aulas só para mulheres, afirma que já enfrentou muitas dificuldades para se manter no esporte. “Nós atletas enfrentamos muitas coisas, sobretudo quando precisamos arcar com os custos de viagens, que são altos. É preciso também conciliar os treinos com trabalho”. Por fim, expressando sua paixão pelo esporte, ela destaca “o cansaço sempre bate, mas não é por isso que vamos desistir. Amo o que faço!”

Saiba mais sobre a história do esporte

O surgimento do Taekwondo se confunde com a história da Coreia. A luta nasceu há mais de dois mil anos, quando Ching Heung, 24 o rei da dinastia Silla, iniciou sua tropa de elite na arte dos combates livres (Hwa Rang Do). As disputas originaram uma forma primitiva de combate, o soo bak, e seus mestres desenvolveram, entre os anos de 924 e 1392, durante a dinastia Koryo, 25 posturas diferentes que formaram a base do taekwondo moderno.

Em 1945, com o fim da guerra travada pela Coreia, as novas escolas do gênero surgiram. Nelas eram ensinados diversos tipos de   luta, como kwon bup, soo bak do, tangvsoo do. Uma década depois, os estilos fundiram-se no tae soo do e, em seguida, taekwondo. A luta participou como esporte de demonstração nos Jogos Olímpicos Seul 1988 e foi reconhecida como esporte oficial nos Jogos Olímpicos Sidney 2000. 

O taekwondo chegou ao Brasil em 1968 e, três anos depois, a modalidade passou a ser reconhecida pelo Conselho Nacional de Esporte como um esporte. O primeiro campeonato brasileiro de taekwondo ocorreu em 1973, em São Paulo. Já em março de 1974, foi criado o Departamento Nacional de Taekwondo no país para que fosse estabelecido um controle. Já em fevereiro de 1987, nasceu a Associação Brasileira de Taekwondo (ABT), que se tornaria a Confederação Brasileira de Taekwondo em dezembro de 1990. A filiação ao Comitê Olímpico do Brasil ocorreu quatro anos depois.