Os incêndios no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP) e no Parque Estadual do João Leite (PEJOL), em Goiânia, chegaram ao quinto dia. Desde segunda-feira, 12, o Corpo de Bombeiros e brigadistas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad) tentam controlar o fogo, que já consumiu 239 hectares das áreas – equivalente a 334 campos de futebol.

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Os trabalhos integram as 324 ocorrências de incêndios florestais em que a corporação atuou apenas na primeira quinzena de agosto de 2024 – uma média de 21 registros por dia. O número supera as ocorrências contabilizadas em maio (183) e junho (298). 

Durante todo o ano, foram 1.283 chamadas – dado 38,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O aumento, segundo os bombeiros, é um reflexo da baixa umidade relativa do ar e das altas temperaturas, que são características do período de estiagem.

Estiagem dificulta trabalhos 

O tempo seco, inclusive, tem se tornado um desafio para a corporação no combate ao fogo nos parques. Nesta quarta-feira, 14, as ações dos bombeiros e brigadistas teve como principal objetivo conter a propagação do fogo, evitando que os focos comprometessem outros setores, além do Bloco dos Ipês.

Durante o período da tarde, quando as condições meteorológicas se tornaram mais críticas, o incêndio se intensificou, aumentando o risco de propagação para o outro lado da rodovia BR-060. Alguns focos satélites foram detectados no canteiro central e na faixa de domínio oposta da rodovia, mas foram combatidos e extintos, impedindo que o fogo avançasse para as áreas preservadas do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco.

A corporação ainda não tem previsão de quando os incêndios devem ser controlados. O PEAMP é conhecido por sofrer anualmente com grandes incêndios, provocados tanto pela força da natureza quanto pela ação humana.