O Estado de Goiás alcançou as 2ª e 3ª colocações em potencial de mercado e sustentabilidade ambiental, aponta o Ranking de Competitividade dos Estados. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 21, analisa dez eixos temáticos para classificar os Estados de modo geral e por região. Outro destaque do estudo é para a eficiência da máquina pública, com Goiás na 5ª colocação.

Conforme a pesquisa, “potencial de mercado” é um parâmetro que mede a capacidade de expansão e desenvolvimento em longo prazo dos Estados. Entre os itens estão o volume de crédito, disponibilidade de crédito para pessoa física, taxa de crescimento, crescimento potencial da força de trabalho, entre outros. O levantamento considera nessa variável o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) de cada estado e a dinâmica de crescimento econômico nos últimos quatro anos.

Segundo Joel Sant’Anna Braga, secretário de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Goiás é um dos estados mais procurados pelas empresas. Ele destaca investimentos robustos no setor de mineração e energia solar, com três grandes mineradoras e um projeto de fazendas solares avaliados em R$ 5 bilhões.

Ele destacou ainda o DaiaPlan com mais de 140 terrenos e 15 empresas cadastradas para o edital. “Temos também a primeira indústria de oxigênio fabricado no Estado de Goiás, o investimento de empresas e grupos chineses que estão chegando em Goiás”, informa.

Agronegócio como carro chefe

Outro fator que colaborou com o resultado é a força do agronegócio goianos. Os dados, compilados pelo Centro de Liderança Pública (CLP), mostram ainda que o agronegócio foi o principal dado que influenciou na posição de Goiás no Ranking. Diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros diz que Goiás mostra um setor de agronegócio como uma das grandes potencialidades do Brasil. “Goiás mostra isso com perfeição e vem ganhando pujança”.

Membro do Comitê de Leis e Regulamentos da Sociedade Rural Brasileira (SRB) destaca o Fundo Estadual de Infraestrutura do Estado de Goiás como uma boa prática para investir e melhorar as estradas goianas. “Funciona como uma espécie de condicionante para a aplicação/utilização de benefícios ou incentivos fiscais relacionados ao ICMS, como o diferimento e a substituição tributária, e da imunidade de exportações”, garante.

Já no parâmetro sustentabilidade ambiental, Goiás ficou em primeiro colocado no item: transparência de ações no combate a incêndios e perda de água. O levantamento aponta que entre os desafios do Estado estão a inovação, segurança pública, infraestrutura e sustentabilidade social.

O ranking

De acordo com a análise, estados com economias mais robustas geram mais oportunidades de investimento, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico. O aumento da população em idade ativa também se destaca como um elemento crucial para o crescimento sustentado a longo prazo.

Além disso, o levantamento destaca que os indicadores de crédito desempenham um papel importante no estímulo ao investimento e ao consumo, especialmente em um cenário de elevado endividamento das famílias.

Por fim, o impacto do pilar “tamanho de mercado” no ranking geral é ajustado para evitar que estados maiores, como São Paulo, obtenham uma vantagem desproporcional, resultando em um efeito limitado na classificação final.

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