Josué Lopes Siqueira diz que não houve redução da demanda. Segundo ele, há desconfianças entre produtores, mas que já se minimizam com retomada das feiras 

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O temor de que a crise do coronavírus pudesse impactar o abastecimento de alimentos do país não deve se concretizar. Nesta quinta-feira, 16, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) disse que apesar do aumento da demanda nas primeiras semanas, não há risco de desabastecimento. O Jornal Opção conversou com o gerente de divisão técnica do Ceasa de Goiânia, Josué Lopes Siqueira, que expõe o panorama goiano.

Segundo o gerente, a Central de Abastecimento de fato observou nas primeiras semanas oscilação de demanda que chegou a impactar os preços. “Pelo temos de que poderia haver falta de produtos as pessoas compraram mais no varejo e os supermercados seguiram a tendência e também fizeram grandes compras”, explica Josué.

Apesar disso, a situação voltou ao normal após o período. O gerente destaca para as próximas semanas que a dinâmica de produção de hortifrúti deve ser mantida, já que obedece aos vários ciclos, dos plantio à colheita. Ele exemplifica que no caso do tomate, os frutos que estão sendo colhidos nesta semana foram plantados há 60 dias.

“O mercado reagiu ao fechamento das feiras e restaurantes. Mas com a liberação das feiras há perceptiva de comercialização”, afirma o gerente.

Aumento nos preços 

O boletim da Conab divulgado nesta quinta destaca itens que registraram aumento nos preços. Entre as verduras, a cenoura registrou 13,15% de inflação em Goiás e o tomate 1,66%. As frutas registram aumento mais expressivo, o mamão está 35,26% mais caro e a melancia 65%.

Para o gerente Josué, essas oscilações são resultadas em razão de questões climáticas e pouco tem haver com a pandemia.