Gayer e assessores são alvos de operação sob suspeita de desvio de cota parlamentar
25 outubro 2024 às 08h26
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Policiais federais foram às ruas nesta sexta-feira, 25, para cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar recursos públicos de cota parlamentar e falsificar documentos para beneficiar uma organização da sociedade civil. Os alvos são o deputado federal goiano, Gustavo Gayer (PL), e seus assessores.
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Gayer teve o celular e computadores apreendidos pela Polícia Federal (PF). Apenas na casa de um dos assessores a corporação entrou mais de R$ 70 mil em espécie. Ao Jornal Opção, a assessoria de imprensa do parlamentar informou que a operação a dois dias do segundo turno das eleições municipais “causa bastante estranheza” e que o processo é sigiloso (veja nota completa abaixo).
Até o início da manhã, a PF não havia divulgado detalhes sobre os envolvidos. A corporação afirmou apenas que os recursos, de origem pública, eram utilizados para manter empreendimentos privados.
Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não há mandados de prisão nesta etapa da operação.
As ordens em Cidade Ocidental, Valparaíso, Aparecida de Goiânia, Goiânia e Brasília, no Distrito Federal. A PF informou que investiga inicialmente crimes de:
- associação criminosa;
- falsidade ideológica;
- falsificação de documento particular;
- peculato.
De acordo com a PF, as investigações identificaram uma ata falsificada nos documentos de criação da organização social. No quadro social da entidade, havia nomes de crianças com idades entre 1 e 9 anos.
Nota Gustavo Gayer
“Uma operação da Polícia Federal a dois dias da eleição municipal, determinada por Alexandre de Moraes, nos causa bastante estranheza.
O que nós sabemos até o presente momento é que se trata de um processo físico e sigiloso, onde nem mesmo os advogados têm acesso de imediato ao seu conteúdo.
Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que poderá ser admitida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e determinado.
Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.