Foto do corpo de dançarino deixa em evidência marca de tiro que perícia não viu

25 abril 2014 às 15h46

COMPARTILHAR
A perfuração por arma de fogo teria sido percebida apenas após procedimento de necropsia feito pelo IML

A polêmica em torno da morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, ganhou um novo elemento nesta sexta-feira (25/4). Uma foto publicada pelo Jornal Extra mostra o corpo do jovem de 26 anos caído dentro da creche, na comunidade Pavão-Pavãozinho, zona sul da capital fluminense, onde ele foi encontrado morto na última terça-feira (22/4).
Na imagem, a marca do tiro que o rapaz levou está em evidência, o que contraria a versão dada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro que apontou as escoriações sofridas pela vítima como “compatíveis com morte por queda”. Em nota, a corporação afirmou que a perfuração por arma de fogo não foi mencionada, pois, em um primeiro momento, não foi detectada pela perícia, que se ateve à cena do crime.
A marca teria sido percebida apenas após procedimento de necropsia feito pelo Instituto Médico Legal (IML). Conforme o comunicado, não foram encontrados sinais de espancamento no corpo do dançarino.
Os policiais militares envolvidos no tiroteio que culminou na morte de Douglas negam que tenham atirado no jovem, e alegam que apenas revidaram os tiros dados por bandidos. Conforme a versão dos agentes, a ação foi resultado de uma emboscada planejada por traficantes da região.
Na última quinta-feira (24), o artista e bombeiro civil Paulo Henrique dos Santos, amigo do dançarino, alegou, em depoimento, que os dois sofreram ameaças de agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão Pavãozinho. Segundo ele, durante abordagem policial na madrugada do último sábado, um dos policiais teria chamado Douglas de criminoso.