Goiânia deve discutir adaptações urbanas para as mudanças climáticas em fórum realizado na próxima segunda, 25, e terça, 26. O “Fórum Goiânia Resiliente”, será realizado no Auditório do IESA, no Campus 2 da Universidade Federal de Goiás (UFG) e é idealizado pelo Instituto Iandé Verde e o IDESA, Instituto de Desenvolvimento ‘Econômico e Socioambiental, em parceria com a Iniciativa Cerrados da Fundação Oswaldo Cruz e o Ciamb, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFG.

O projeto Cidades Resilientes busca discutir desafios para mudanças climáticas nas cidades e, para Goiânia, busca estratégias nesse sentido. A Prefeitura de Goiânia apoia o projeto por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas. A proposta foi viabilizada por uma emenda da vereadora Sabrina Garcez.

Ao Jornal Opção, o Subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte do Governo de Goiás, Miguel Pricinote, informou que entre as ações previstas para a melhoria urbana da capital em relação a essas mudanças climáticas estão a troca da frota de ônibus, da iluminação pública, entre outros. “Já estão trocando os ônibus por outros que são 80% menos poluentes. Além de 10% da frota que são de veículos elétricos e não polui. Outra ação é a ampliação da iluminação de LED, que aumenta a segurança e gasta menos energia”, explica.

Outro ponto citado por Miguel são melhorias em corredores de ônibus para incentivar o uso de transporte público. “Queremos fazer com que as pessoas passem a usar veículos públicos para transporte. Buscamos ampliar corredores de transporte público em vias arteriais para aumentar a velocidade operacional do ônibus. Isso diminui a poluição, melhora a mobilidade e incentiva a população a usar esse tipo de transporte”, continua.

De acordo com o subsecretário, o modelo a ser seguido é o de Londres. “Londres é uma cidade onde o transporte público funciona e o trânsito é desafogado. Medidas como deixar motocicletas utilizarem o corredor de ônibus ajudam a desafogar o trânsito em geral. Outro ponto é o uso de transporte público, onde moradores deixam seus carros em estacionamentos próximos ao metrô para continuarem o trajeto de transporte público. Pretendemos aplicar esse modelo em Goiânia por meio dos BRT’s Norte-Sul e Eixo Anhanguera”, diz.

De acordo com Miguel, o plano deve ser implementado até o fim de 2026. “Nosso cronograma estipula o fim de 2026 como prazo para a implementação dessas medidas. Então os próximos 24 meses serão de transformações na capital”, completa.