Fernando Machado diz que não faltava insulina em sua gestão e questiona dívida na Saúde
01 fevereiro 2017 às 20h22

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Secretária Fátima Mrué fala em mais de R$ 4 milhões de restos a pagar somente com fornecedores de insulinas

O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Fernando Machado (PMDB), afirmou ao Jornal Opção que, durante todos os seus quatro anos à frente da pasta, jamais deixou faltar insumos para diabéticos por inadimplência com fornecedores.
Segundo o médico, que hoje é superintendente de Regulação da gestão Iris Rezende (PMDB), quando acontecia de faltar insulina, por exemplo, era um problema na fábrica e “não de gestão”.
Além disso, Machado garante que não deixou dívidas para a atual secretária, Fátima Mrué — que, por meio de nota, afirmou haver um débito de cerca de R$ 4 milhões somente com bombas e medicamento para diabéticos.
“Se existem notas para serem pagas é algo natural. Nós sempre realizamos os pagamentos regularmente, conforme planejamento prévio”, explicou. Como se tratam de produtos de alto valor, o ex-secretário argumenta que há uma “latência”, um prazo, para quitar junto aos fornecedores, pois se trata de um processo burocrático. Na prática, a prefeitura adquiria determinados insumos, mas só os pagava após dois ou três meses.
A explicação vem após denúncias feitas pelo vereador Jorge Kajuru (PRP), que foi procurado por um grupo de aproximadamente 180 diabéticos, dependentes de bombas de insulina, que não estariam recebendo o material desde setembro do ano passado. O parlamentar vem tentando, junto à Secretaria Municipal de Saúde, resolver o problema.
Ainda por meio de nota à imprensa, a pasta explicou que só conseguirá retomar a entrega na próxima semana. “Quando entramos na Secretaria havia um atraso junto aos fornecedores, há dívidas, e esse é o motivo por não estarem fornecendo as bombas. Já nos reunimos com eles e conseguimos sensibiliza-los de foram que se comprometeram a normalizar o serviço. Pediram prazo até dia 8 de fevereiro”, disse Fátima Mrué, durante reunião nesta quarta-feira (1º).
Para Fernando Machado, este é o papel do secretário: manter uma boa relação com os fornecedores, de forma a garantir a entrega, e, claro, criar um cronograma para pagamento das notas. “Não se pode culpar a gestão anterior, faz parte do processo”, arrematou.