Ao Jornal Opção, o candidato do partido Novo à corrida presidencial acredita que o Brasil estaria cansado de uma polarização

Para o pré-candidato à presidência Felipe d’Ávila (Novo) não vai dar Lula (PT) nem Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Em conversa ao Jornal Opção, o presidenciável disse que percebe, por meio de conversas pelo Brasil, que as pessoas estão pedindo é alguém para “pacificar o país”. A razão disso, para o também cientista político e empresário, é que as pessoas entenderam que a polarização e o radicalismo gerou feridas ao país, como desemprego e inflação. Desta forma, uma terceira via será o provável cenário para a corrida presidencial deste ano, acredita o candidato.

“Hoje, tenho uma conotação muito clara que polarização significa menos emprego, menos investimento, maior intolerância e mais inflação. O atributo principal que o eleitor está buscando é um pacificador do país. Uma pessoa capaz de restabelecer o diálogo, o entendimento. Isso não está nas duas polarizações. Portanto, ter dois candidatos que representam a divisão, quando o eleitor está pedindo a pacificação do país, não faz o menor sentido”, aponta Felipe d’Ávila.

O candidato ainda argumenta que as pesquisas eleitorais não influenciam no resultado final das eleições. De acordo com d’Ávila, um candidato que está na frente das pesquisas pode representar também alguém com um alto índice de rejeição. Com isso, o empresário aponta que a terceira via está sendo construída através de debates e propostas e não com o que esses índices estariam apontando. 

Para ele, são os pontos distintos em torno de proposta é o que vai construir a terceira via. “É desta forma que vamos começar uma discussão séria se é possível ter um um candidato único da terceira via ou não. Se ficar nessa discussão vazia de quem está na frente é quem está atrás. Nós não temos que fechar em torno de pesquisa. Se esse é o critério, o Novo está fora”, reconhece o candidato. Felipe d’Ávila aponta ainda que diálogos já estão sendo realizados. Entre os já prontos, estariam o governador de São Paulo, João Doria, Simone Tebet e o também pré-candidato à corrida presidencial, Sérgio Moro.

Durante entrevista ao jornal, Felipe também falou que o partido Novo não deve federar com nenhuma sigla. Porém, isso não seria um problema e ainda acredita que a cláusula ultrapasse 11 deputados federais neste ano.