Faccionados e advogados ‘invadem’ processos do CNJ para liberar detentos de alta periculosidade em Goiás

13 fevereiro 2025 às 08h42

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Faccionados e advogados fraudaram ao menos 15 processos após conseguirem, de forma criminosa, acesso aos sistemas de execução penal e de mandados de prisão geridos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Polícia Federal (PF) cumpre oito mandados de busca e apreensão contra os investigados na manhã desta quinta-feira, 13, em Goiânia.
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As alterações, conforme a PF, tinham por finalidade adiantar as datas para progressão de regime de detentos de alta periculosidade, a fim de “adiantar” a migração do regime fechado para o semiaberto. Nas ruas, os criminosos rompiam a tornozeleira, tornando-se foragidos da justiça.
Entre os beneficiados com as fraudes estão faccionados e criminosos condenados a mais de 60 anos de prisão. De acordo com a PF, as alterações indevidas foram detectadas pelo próprio CNJ que, de imediato, solicitou a apuração por parte da corporação. O órgão também adotou e reforçou medidas de segurança dos sistemas invadidos.
A investigação revelou que as fraudes consistiam em alterações de dados relacionados às penas e inserção de documentos falsos. A polícia acredita que, com o decorrer das investigações, novas fraudes sejam descobertas.