Juiz Sérgio Moro determinou prisão preventiva do ex-presidente da Câmara na última terça-feira 

O juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro, determinou nesta terça-feira (18/10) a prisão preventiva do ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Ele foi detido em Brasília e continuará preso por tempo indeterminado. Sua casa no Rio de Janeiro (RJ) também foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

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Depois de ser cassado no último dia 12 de setembro, Cunha perdeu o foro privilegiado e os processos que o envolvem na operação foram enviados do Supremo Tribunal Federal (STF) para a Justiça Federal do Paraná..

No STF, os processos que corriam contra Cunha envolvem utilização da influência e poder do parlamentar para celebrar contratos da Petrobras. Um deles era referente à aquisição de navios-sonda pela Petrobras, operação que só foi realizada com sua intervenção e pela qual ele teria recebido US$ 5 milhões de propina. A outra envolve propina em um contrato de exploração de petróleo no Bênin, na África.

Antes de ser cassado, Cunha foi afastado do mandato e da presidência da Câmara em maio, sob alegação de que ele tentava interferir na Lava Jato. Em julho, ele resolveu renunciar ao cargo de presidente. Ele perdeu seu mandato por ter quebrado o decoro parlamentar ao mentir na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao dizer que não tinha contas no exterior.