Competição avaliou os melhores projetos de foguetes construídos com garrafa pet

Estudantes vencedores acompanhados pelo professor.

Os estudantes Luiz Felipe Barboza Brasil, Mateus Oliveira Soares Santana e Maycon de Souza Matos, do Ensino Médio do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMGO) Ely da Silva Braz, de Luziânia, ganharam a competição da 25ª Jornada de Foguetes, promovida pela Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) e pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (Oba). A avaliação dos projetos foi realizada entre 12 e 15 de novembro, na cidade de Barra do Piraí (RJ).

O evento reuniu alunos de escolas públicas e particulares do Ensino Fundamental e Médio de todo o Brasil para examinar os melhores projetos de construção e lançamento de foguetes feitos de garrafa pet. Para aferir o desempenho, foi considerado o acabamento e originalidade dos projetos, a base de lançamento, a segurança e apresentação da equipe participante. No entanto, a decisão foi consolidada pela distância percorrida durante o lançamento. Para receber a premiação, os participantes deveriam lançar os foguetes em uma altura acima de 150 metros, os vencedores atingiram 156,9 metros.

O professor de física que orientou os estudantes do CEPMGO, Decio Pavanelli, contou que realizou a inscrição da escola faltando um dia para acabar o prazo e que ao todo foram gastas cerca de 180 horas em desenhos, treinos, lançamentos sem sucesso e construções de bases que não poderiam ser carregadas em viagens aéreas, até chegarem à versão premiada na Jornada.

“Foi um mundo novo para meus alunos, interagir com pessoas diferentes, linguagem diferente e costumes diferentes, mais ainda, gerou neles a vontade de ganhar o próximo, com mais distância e melhor qualidade, onde eles estão já pensando na próxima construção e confecção de foguetes e base” destacou Pavanelli.

O foguete foi composto de combustível simples de vinagre e bicarbonato. Na estrutura, a câmara de reação foi construída com duas garrafa pets, a aletas de direção foram feitas com capas de caderno reforçadas, com cola e fita isolante e na base foram usados canos de PVC.

“Chegou um momento que percebi que além da falta de conhecimento, existia a falta de condições financeiras, que poderiam atrapalhar o andamento do campeonato. Assim dediquei meu tempo a ensinar, treinar e trabalhar em outros locais, para arrecadar fundo pessoal para levar esses meninos além, quando chegou que estávamos classificados na nacional, trabalhei mais para conseguir dinheiro para levá-los, a escola deu sua contrapartida pela associação de pais e eu dei a minha, fazendo vaquinha de amigos e tirando do próprio bolso” concluiu o professor.