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Segundo decisão do TCM, contas da gestão de 2018 do Imas são regulares, e, portanto, não houve nenhum desvio de dinheiro público por parte do ex-presidente do instituto, Sebastião Peixoto

Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) emitiu um parecer acerca da análise das contas de Sebastião Peixoto, enquanto ele era presidente do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Segundo a decisão dos conselheiros, as contas da gestão de 2018 são regulares, e, portanto, não houve nenhum desvio de dinheiro público por parte do ex-presidente.

“Realizada a análise financeira, orçamentária, contábil e patrimonial pela unidade técnica do TCM/GO, foi sugerida a regularidade com recomendações, como revela a leitura do Certificado de nº 02197/2019”, informa o documento.

Caso

Sebastião Peixoto foi preso em 21 de fevereiro deste ano, após investigações sobre a existência de uma organização criminosa no órgão. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás, e intitulada operação Fatura Final.

De acordo com as investigações, as fraudes aconteciam em atendimentos médicos inexistentes, registrados em uma clínica de fachada, que seria credenciada no IMAS, por meio de um contrato celebrado no valor de RS 10 milhões.

O ex-presidente do Imas foi solto no dia seguinte, após receber autorização da justiça para deixar o presídio, em decisão emitida por meio de liminar. Na ocasião, seus advogados julgaram a prisão de Sebastião Peixoto arbitrária e desnecessária.

Ponto final

Para o filho de Sebastião Peixoto, Wellington Peixoto (MDB), a decisão do TCM já era esperada: “Ele não teve dolo nenhum em suas ações. O caso envolvia um diretor, o qual ele mesmo solicitou a exoneração, e ao perceber a fraude não fez nenhum pagamento. Só confirmou aquilo que tanto ele quanto a defesa já sabiam. Então recebemos com tranquilidade [a notícia]”.

Em entrevista coletiva concedida no dia 25 de fevereiro, Sebastião Peixoto chegou a declarar que sua prisão foi uma “atrocidade”, e fruto de uma decisão foi política, já que ele é pai do vereador Wellington Peixoto e do deputado estadual Bruno Peixoto (MDB). Para Wellington não existe nenhuma ligação entre a questão levantada por seu pai e as investigações.

“Não acredito que tenha relação, o trabalho do Ministério Público é um trabalho sério. Foi uma investigação onde ele provou sua inocência, e por ele ser presidente foi convocado. Mas a gente não pode falar que foi questão política não”, alegou.

Sobre possíveis desdobramentos no caso, o vereador diz já ser um assunto encerrado: “Vamos esquecer o que aconteceu no passado, agora é pensar no futuro e continuar trabalhando. E finalizou: “Estávamos tranquilos da inocência, da transparência do trabalho dele feito dentro do Imas. Só comprovou aquilo que a gente sempre defendeu, o bom trabalho dele”.