Segundo o Unicef, mais de cinco milhões de estudantes estavam sem atividades escolares ou fora da escola em outubro do ano passado, no país

Lideranças educacionais da ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil, entidades, profissionais da educação e autoridades federais, estaduais e municipais defenderam a volta das aulas presenciais no país, durante o Seminário “Reabertura Segura das Escolas”. 

Os participantes apontaram caminhos para que as escolas recebam os alunos o quanto antes, de modo a minimizar os impactos negativos causados pela interrupção das aulas presenciais. Representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil, Florence Bauer, disse que é necessário empreender todos os esforços para reabrir as escolas no país que, segundo ela, está entre as nações que há mais tempo estão com as atividades presenciais suspensas.

“Temos os instrumentos necessários para possibilitar uma reabertura segura das escolas. A gente precisa reabrir as escolas agora no mês de agosto, quando começa o segundo semestre. Essa é uma janela de oportunidade que não podemos perder para devolver esse direito à educação a milhões de meninos e meninas”, apontou a representante do Unicef no Brasil.

Segundo o próprio Unicef, mais de cinco milhões de estudantes estavam sem atividades escolares ou fora da escola em outubro do ano passado, no país. Mauro Luiz Rabelo, secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), elencou outras medidas que devem ser incluídas neste processo de retomada gradual das aulas presenciais. “[É preciso incluir] o escalonamento dos horários de início e fim do dia escolar; divisão das classes em turnos para reduzir o tamanho das turmas e garantir o distanciamento recomendado; realização de avaliações de diagnóstico para identificar as lacunas de aprendizagem; atendimento mais individualizado para estudantes; reforço escolar, entre outras”, disse.

Fazer pais e responsáveis, estudantes e profissionais da educação entenderem que a retomada pode ser segura, mesmo em meio à pandemia, é um dos desafios que as autoridades vão enfrentar. Pesquisa divulgada pelo Datafolha, em maio, aponta que 46% dos participantes acreditam que as escolas devem ficar fechadas até o fim da epidemia global. (Com informações do Brasil 61)