“Enel está dificultando a instalação de novas indústrias em Goiás”, diz governador
05 fevereiro 2019 às 16h57
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Governo irá buscar ajuda para resolver grave dificuldade no atendimento da demanda de distribuição de energia elétrica no Estado
O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que os problemas graves na distribuição de energia elétrica pela Enel tem impedido a instalação de mais indústrias em Goiás. Por isso, o governador irá se reunir com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para tentar sanar a questão que é estratégica para o desenvolvimento do Estado.
“A Enel está dificultando a instalação de mais indústrias em Goiás. Já tivemos uma reunião e teremos outra na próxima semana com a Aneel para discutir esse assunto”, disse o governador.
Para Caiado, não se pode ter um monopólio da distribuição sem que haja um atendimento da demanda necessária. “Estamos vendo a responsabilidade da Enel diante desse quadro, uma vez ela não está sendo capaz de fornecer a energia necessária”, explicou.
A reportagem entrou em contato com a Enel que por meio de nota disse que desde que assumiu o controle da distribuidora de energia de Goiás, em fevereiro de 2017, tem ampliado os investimentos e automatizado a operação do sistema elétrico para modernizar e ampliar a capacidade da rede de distribuição no Estado, que atende 3 milhões de clientes.
“A companhia ressalta que já inaugurou a Subestação Cocalzinho, Subestação Ipeguari, Subestação Paraúna e a Linha de Distribuição de Alta Tensão (LDAT) Cristalina-Luziânia, beneficiando mais de 50 mil clientes e ampliando a disponibilidade de energia. A empresa reforça que tratam-se de intervenções grandes e complexas, que trarão reflexo na qualidade do serviço em médio e longo prazos. A empresa ressalta, ainda, que além das novas construções, outras ampliações de subestações já foram concluídas e a construção de novas subestações estão previstas para os próximos anos.
A Enel informa que investiu cerca de R$ 830 milhões na Enel Distribuição Goiás apenas em 2017, no primeiro ano de sua gestão à frente da distribuidora. O volume de recursos representa mais do que o dobro dos R$ 300 milhões anuais que a antiga CELG D investiu em 2015 e 2016, antes da privatização. Essa tendência continua e, no ano de 2018, somente até o mês de setembro, a empresa investiu cerca de R$ 600 milhões no Estado, como parte do plano estratégico do Grupo Enel. Os investimentos têm como foco na automação da rede de distribuição, com a instalação de 1,3 mil equipamentos controlados remotamente, além de iniciativas para ampliar a capacidade da rede de distribuição no Estado.”