Advogado representante da classe critica falta de acessibilidade e segurança para aqueles que transitam pelo Centro de Goiânia

Centro de Goiânia / Foto: Divulgação

A convite do vereador Lucas Kitão (PSL), o advogado Wilson Júnior ocupou a tribuna da Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, 28, onde discursou em nome dos empreendedores do centro de Goiânia. Ele, que além de advogado também é servidor público na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), apresentou, inicialmente, os principais problemas estruturais do Centro e explicou como cada um deles afeta o comércio na região.

“Atendo meus clientes no Centro e nos últimos tempos temos assistido um esvaziamento frequente daquela região. A cada mês que se passa os comércios fecham as portas ao passo que o tráfico de drogas e a violência crescem de maneira assustadora”, disse o advogado ao iniciar seu discurso.

Para ele, as vielas estão constantemente ocupadas por marginais e traficantes. E, em seguida, elencou outros problemas: “O que dizer da zona 40 que afasta drasticamente os consumidores? Sem contar a fiscalização maciça dos agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) multando os poucos clientes que nos restam”.

Júnior explicou que o grupo — formado por comerciantes e empresários da região — tem por objetivo realizar negócios entre os membros e também apresentar melhorias para o centro da capital. “Conversas com os empresários e profissionais liberais da região deixam claro que as demandas continuam as mesmas: volta do vapt-vupt, fim da zona 40, liberação para estacionamento nos dois lados da pista e tantas outras medidas que poderiam melhorar o nosso comércio”.

O advogado alegou ter entregue, em dezembro do ano passado, um abaixo assinado ao prefeito, mas lamentou que “de lá para cá nada foi feito”. “O que queremos é que haja sensibilidade para atender as demandas de quem emprega milhares de pessoas e contribui com o município e com o Estado”. Por fim, disparou: “Convido todos vocês, o prefeito e o governador a visitarem o centro no período diurno para conhecer a realidade dos empresários, e no período noturno para que vejam o que passam os moradores”, pontuou.

Reações diversas

Logo após o pronunciamento do representante, o vereador Paulo Magalhães (PSD) pediu a palavra. “Gostaria de lembrar que apresentei um requerimento solicitando que esses 40 km/h fosse suspenso. O centro de Goiânia virou um ‘favelão’. Não há, sequer, banheiros públicos. Falta, por parte da administração, empenho para revitalizar o centro de Goiânia. A cidade merece respeito”, concluiu.

Em seguida foi a vez do vereador Lucas Kitão, responsável pela visita do representante na Casa, tomar a palavra. Ao discursar Kitão garantiu: “Vocês terão dessa Casa o apoio que precisarem. Para começar iremos exigir que o prefeito cumpra suas promessas. Trabalharemos para combater a criminalidade que tomou conta do Centro”. Por fim, o parlamentar disse que a prefeitura precisa “acabar com a irresponsabilidade da zona 40” e também promover “políticas de estacionamento” na região. Por fim, o vereador considerou que “a própria prefeitura está matando o centro de Goiânia”.

Depois, foi a vez do vereador Carlin Café (PPS) comentar sobre o assunto. Contrário à opinião de seus colegas, Café disse concordar em vários pontos da fala do representante, mas advertiu: “discordo quando o senhor chama Goiânia de lixo”. Para ele, “o prefeito tem feito muito. (…) Acho que existem alguns pontos que precisam ser melhorados, mas não vamos culpar o prefeito pois ele tem sido muito responsável pelo desenvolvimento da cidade”.

Segundo vereador, o emedebista passou por “dois anos de dificuldades”. “O prefeito pegou quase R$ 1 bi de déficit público. Acho que precisamos unir as nossas forças e não só apontar um só como culpado”, pontuou.