Em vídeo, prefeita de Caçu acusa vereadores de perseguição; presidente da Câmara rebate
08 dezembro 2023 às 15h51
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A prefeita de Caçu, Ana Cláudia Lemos de Oliveira (MDB), aparece em um vídeo acusando vereadores da cidade de perseguição. Nas imagens, é possível perceber que ela estava em um supermercado da cidade quando servidores do Legislativo entregaram a ela um ofício de notificação.
“Continuam com a perseguição política, porque fui até a Câmara Municipal, solicitei do presidente o recurso que eles estão gastando, mais de R$ 1 milhão em obras luxuosas para um gabinete da presidência. Pedi que eles repassassem esse valor para nós para que a prefeitura pudesse executar uma obra que fosse beneficiar a vida das pessoas. Mas, eles preferem gastar do que devolver para uma obra importante”, alega.
O ofício de notificação em questão é da Comissão Processante (CP) da Câmara, que iniciou uma investigação em julho para apurar uma “prática de infração político-administrativa” na CaçuPrev, a instituição de previdência dos servidores da cidade, após uma denúncia.
De acordo com o documento, Ana Cláudia Lemos de Oliveira tem o prazo de cinco dias úteis, contados desde a última quarta-feira, 6, data do recebimento, para “apresentar razões finais escritas” sobre a investigação.
“Estão querendo me afastar no final do segundo mandato da minha reeleição, criaram até grupos dizendo que estou foragida, mas estou aqui, me encontraram no mercado”, continua no vídeo.
Segundo a Câmara Municipal, até o final da próxima semana recolherão o depoimento para gerar o relatório final que, em seguida, seguirá para votação dos parlamentares. A tendência, ainda conforme o Legislativo, é que ainda este ano, antes do Natal, o texto passe pelo Plenário.
O Jornal Opção entrou em contato com a Prefeitura de Caçu para pedir um posicionamento sobre o caso, e aguarda o retorno.
Crítica a servidores
Ainda no vídeo, a prefeita Ana Cláudia ainda alega que um dos motivos da perseguição foi por ter divulgado o salário de alguns servidores.
“Estou aqui com um trabalhador braçal, que ganha três salários mínimo. Sabe quanto é o salário de marajá de alguns funcionários da Câmara? R$ 20 mil, e não é só um. É por isso que sou perseguida”, dispara.
Em resposta, o presidente da Câmara, vereador Zilderlei Nunes (Patriota), também divulgou um vídeo rebatendo a prefeita da cidade. Nas imagens, o parlamentar convocou a população para participar da sessão ordinária de quinta-feira, 7, para “fazer alguns esclarecimentos”.
“Foi divulgado um vídeo da prefeita do nosso município em que, mais uma vez, vem denegrindo a imagem dos nossos servidores da Câmara. A presidência dessa Casa estava calada a respeito desses ataques, mas chegou um momento em que não dá mais para ficar calado. São servidores que trabalharam com ela quando ela foi vereadora. Então, o mínimo que deveria ter é respeito”, afirmou.
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