Em depoimento, jovem mãe diz que não sabia se filho recém-nascido estava vivo ou morto antes de atear fogo

13 maio 2021 às 11h18

COMPARTILHAR
O corpo da criança que foi encontrado na última quarta-feira, 12, em um lote baldio do Residencial Cerejeiras, em Anápolis, estava carbonizado

A estudante Isabella Freire, de 24 anos, presa pela polícia por ter abandonado e incendiado seu filho recém-nascido relatou em seu depoimento a Polícia Civil os dias que passou junto ao bebê antes de jogá-lo em um lote baldio do Residencial Cerejeiras, em Anápolis e atear fogo.
No depoimento, a jovem relatou que teria entrado em trabalho de parto no dia 3 de maio e se dirigiu sozinha até a Santa Casa do município, onde deu a luz a um menino que apesar das tentativas de aborto feitas por ela, nasceu saudável. No último sábado, 8, a jovem colocou o filho no carro e ficou dando voltas na cidade sem saber o que fazer com a criança. Por fim, foi para a casa na tentativa de amamentá-lo. Ainda, no relato da jovem, o bebê foi enrolado por ela em um cobertor e colocado no chão em um dos quartos da casa e, assim, teria ficado no cômodo por dois dias.
No dia do ato, Isabella teria colocado o bebê em uma caixa fechada levando para o carro. À polícia a jovem disse estar desesperada já que ninguém sabia da gravidez. Dando voltas pela cidade, parou em um lote murado onde as imagens das câmeras de segurança mostraram que ela levou o bebê até o fundo. No ato, a jovem ateou álcool na caixa e utilizou um isqueiro para incendiar e só foi embora do local quando viu que a caixa estava totalmente em chamas. Isabella não soube dizer se o recém-nascido ainda estava vivo.
Caso as investigações confirmem que a criança estava viva antes de ser carbonizado a jovem será processada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e infanticídio.