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Dessa vez, Tiago Henrique foi julgado pelo assassinato do morador de rua Paulo Sérgio Xavier, morto em novembro de 2012

Foto: Reprodução/TJGO
Foto: Reprodução/TJGO

O vigilante Tiago Henrique foi condenado a mais 20 anos de prisão, dessa vez pelo assassinato do morador de rua Paulo Sérgio Xavier, morto em novembro de 2012. Até agora, o serial killer já foi considerado culpado pelo homicídio de 17 pessoas e suas penas somam 423 anos e 10 meses de prisão – as sentenças ainda envolvem um roubo e o crime de porte ilegal de arma.

Durante o julgamento desta terça-feira (18/10), Tiago não quis se pronunciar e ficou em silêncio ao ser chamado para depor. O crime que vitimou o morador de rua ocorreu por volta das 4 horas do dia 5 de novembro de 2012, em um ponto de ônibus da Praça Cívica, próximo à Avenida Araguaia, Setor Central.

Testemunha ouvida durante o júri, a delegada Flávia Santos Andrade, responsável pelo caso à época, disse que a investigação levou em consideração o exame balístico que detectou terem saído da mesma arma as balas que mataram vítimas em cinco casos de homicídios, todos eles semelhantes. A policial afirmou também que o vigilante se reconheceu em imagens de vídeo de alguns dos crimes referidos.

A defensoria pública alegou falta de provas concretas, destacou que havia apenas indícios de autoria, o que não seria suficiente para a condenação, e também levantou a possibilidade da redução da pena, alegando que Tiago não teria plena consciência de seus atos.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, entretanto, refutou a tese da defesa e considerou que o réu é “plenamente imputável”, pois possuía condição de entender o caráter ilícito de seus atos, além de ser portador de transtorno antissocial de personalidade.