O governo de Goiás abriu nesta sexta-feira, 1, a campanha Dezembro Vermelho, com evento no Palácio Pedro Ludovico Teixeira que distribuiu preservativos e realizou testagens rápidas de HIV, sífilis, hepatites B e C, os mesmos oferecidos em unidades básicas de saúde e nos Centro de Testagem e Aconselhamento (CTAs). A data é celebrada no Brasil desde 1988, para intensificar as atividades de combate à HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

A coordenadora de Assistência às IST/Aids e Hepatites Virais, Polyanna Ribeiro Guerreiro, conta que ações estão programadas para todo o mês de dezembro com o tema: prevenção HIV e ISTs. O trabalho ocorre tanto em repartições públicas como em empresas e unidades hospitalares. “O trabalho da Secretaria Estadual é a realização contínua de campanhas de prevenção, palestras, distribuição de materiais informativos e testagens extramuros, como forma de divulgação, prevenção e diagnóstico em todos os municípios goianos”, pontua.

Após o teste de HIV, se o resultado por positivo, a pessoa é encaminhada a um dos 17 Serviços de Assistência Especializada (SAE) em funcionamento no Estado. Se o município não dispuser de CTA, a pessoa pode ser atendida nas unidades de saúde que realizam testes.

“Quem faz o teste com regularidade e busca tratamento em tempo certo, ganha muito em qualidade de vida”, pontua a superintendente de Políticas Públicas e Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Paula dos Santos Pereira.

Quase 10 mil casos

Entre 2018 até 2023, 1.718 pessoas morreram em decorrência da Aids no Estado de Goiás. Mais da metade dos casos de óbitos registrados no Estado foram de jovens do sexo masculino. Os dados estão no segundo boletim de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados no Dia Mundial de Luta contra a Aids, nesta sexta-feira, 1.

No mesmo período, foram registradas 9.850 notificações de HIV, das quais cerca de 8 mil em homens de 20 a 49 anos. A secretaria reforça a importância das testagens para garantir o acompanhamento dessas pessoas.

Aids no Brasil

Entre 2007 e 2023, foram notificados 489,5 mil casos de infecção pelo HIV no Brasil. A região Sudeste lidera o percentual de casos seguido pelo nordeste, Sul e Norte. O Centro tem o menor índice de infecção do País. Em média, o País detecta quase 36 mil novos por ano.

Quando analisadas as taxas de detecção de aids entre menores de 5 anos (casos por 100 mil habitantes) por UF e suas capitais, observou-se que os estados de Roraima (4,8), Rio Grande do Sul (4,4), Amapá (3,8) e Rio de Janeiro (3,8) apresentaram as taxas de detecção mais elevadas em 2022 e as capitais, destacam-se as taxas encontradas em Porto Alegre (13,0), Florianópolis (10,8) e Recife (5,5).

Transmissão, sintomas e tratamento

O vírus do HIV é transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas com pessoa soropositiva ou pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados. É possível ainda que haja a transmissão da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.

A partir da infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico é atacado e, na primeira fase, chamada de infecção aguda, ocorre o período de incubação—que varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva cerca de 8 semanas para começar a produzir anticorpos anti-HIV.

Os primeiros sintomas são descritos como o de uma gripe comum, com febre e mal-estar.

Apesar de não haver cura para o HIV, os avanços na medicina possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida. O tratamento inclui o uso de antirretrovirais, acompanhamento periódico com profissionais e realização de exames.

Os medicamentos antirretrovirais quando os exames indicam a necessidade. Os remédios buscam manter manter o HIV sob controle, reduzindo a multiplicação do vírus no corpo, recuperando as defesas do organismo.

Se submetendo ao devido tratamento, a pessoa com HIV pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar na boca, transar (com camisinha), passear, se divertir e fazer amigos.

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