Deste sexta-feira (7), sete detentos foram mortos em presídio do Amazonas
09 abril 2017 às 17h50
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Suspeita é de que detentos tenham sido assassinados por conta de uma rixa entre membros de uma facção criminosa que atua no estado
No fim da tarde deste sábado (8/4), o corpo de um detento foi encontrado na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona leste de Manaus. De acordo com a nota da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), Jonathas Brito Pena apresentava sinais de asfixia e a suspeita é de enforcamento. A Polícia Civil está colhendo depoimentos dos presos que dividiam a cela com a vítima.
Na última sexta-feira (7), outros seis presos foram assassinados dentro do presídio: Janderson Araújo da Silva (conhecido como Boca Rica), Leonardo Almeida de Souza, Marcos Henrique Neves de Lima, Tiago de Araújo, Felipe Xavier Oliveira e Felipe Gonçalves Marques. Segundo a Seap, não houve motim ou rebelião na unidade prisional.
A secretaria afirmou que os detentos não apresentaram reivindicações, oposição às forças policiais nem danos ao patrimônio público. A suspeita é de que as mortes tenham sido motivadas por uma rixa entre os membros de uma mesma facção criminosa do Amazonas.
As famílias de detentos estão apreensivas com a sensação de insegurança nos presídios da capital amazonense. “Tenho medo sim. Eles dizem que tem segurança, mas não tem. É insegurança total. Eu confio em Deus porque na polícia não adianta. Temo pela vida do meu filho”, contou a mãe de um detento do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) que preferiu não se identificar.
No dia 2 de janeiro, quatro detentos foram mortos na UPP. Este foi o mesmo dia em que terminou a rebelião no Compaj, que resultou na morte de 56 presos. (Com Agência Brasil)