“Desce com Olavo Bilac ao túmulo um pouco de cada um de nós”
28 dezembro 2023 às 09h24
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Olavo Bilac foi um dos nossos grandes homens das letras. Cronista, colaborou em vários jornais. Poeta, se tornou uma das referências do parnasianismo no Brasil. Em 1907, a revista “Fon-Fon” o elegeu como “príncipe dos poetas”. Bilac foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras ocupando a cadeira de número 15, cujo patrono é o poeta Gonçalves Dias.
Na política, Olavo Bilac foi um fervoroso defensor do movimento republicano e do serviço militar obrigatório. Em algumas repartições do Exército, seu retrato ainda é estampado na parede.
Porém, tal qual muitos republicanos fervorosos, se desiludiu com os primeiros Presidentes da República. Bilac se opôs ao marechal de ferro Floriano Peixoto.
Ele é autor do “Hino à Bandeira”, escrito em 1906, com a música de Francisco Braga:
“Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.”
O “príncipe dos poetas” morreu em 28 de dezembro de 1918, no Rio de Janeiro. O jornal “O Paiz” dedicou boa parte da página 3 da edição seguinte à morte de Olavo Bilac em sua homenagem: “No desenvolvimento da poesia brasileira, o grande artista da palavra e do ritmo, cuja morte deixa em luto a inteligência nacional, ocupa um lugar especial, como o mais sincero e mais completo representante das influências europeias, que entraram na formação mental da nossa nacionalidade”.