Delegado diz que estudante agredido por PM não depredou patrimônio
09 junho 2017 às 10h56

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Polícia Civil analisou 40 horas de filmagens de dez câmeras diferentes e não encontrou nenhum registro de ato ilícito de Mateus Ferreira
Em coletiva na manhã desta sexta-feira (9/6) o delegado e assessor de imprensa da Polícia Civil (PC), Gylson Ferreira, afirmou que as análises de filmagens durante as investigações não registraram nenhuma depredação de patrimônio por parte do estudante Mateus Ferreira, agredido por um policial militar durante manifestação contra as reformas de Michel Temer (PMDB) no último mês de abril.
No inquérito, que tem mais de 350 páginas, foram analisadas 40 horas de filmagens de dez câmaras diferentes e, segundo Gylson, o delegado responsável pelo caso, Izaías Pinheiro, não encontrou nenhum registro de ato ilícito do estudante. “Não foi encontrado nenhum momento que mostre o Mateus depredando o patrimônio”, garantiu.
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Gylson informou ainda que a PC tem um outro inquérito específico sobre a depredação do patrimônio público, que pretende avaliar danos e apontar responsáveis pelas ações. Nesta sexta-feira, ele anunciou que o PM responsável pela agressão
Entenda o caso
O estudante do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) Mateus Ferreira da Silva foi agredido durante protesto contra as reformas do presidente Michel Temer (PMDB), no Centro de Goiânia. Imagens do momento da agressão mostram um policial militar acertando um cassetete no rosto do estudante.
Ele recebeu alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), do dia 9 de maio após passar por cirurgias reparadoras.
A Polícia Militar (PM) de Goiás afastou das ruas o capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente, em Goiânia. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves de Oliveira, o capitão continua exercendo funções administrativas.