Defesa de Pollara ainda aguarda decisão sobre prisão domiciliar
02 dezembro 2024 às 18h13
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A defesa de Wilson Polara, que atualmente está preso, aguarda uma decisão da Justiça sobre um pedido de prisão domiciliar. Segundo o advogado Thiago Peres, o ex-secretário foi submetido a uma intervenção cardíaca e está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após passar mal no último final de semana.
O advogado explicou que o pedido de prisão domiciliar foi protocolado na última sexta-feira, 29, mas enfrenta entraves processuais. “O Ministério Público solicitou uma avaliação médica para verificar a veracidade das comorbidades apresentadas pela defesa. Eu já havia alertado que não haveria tempo hábil para realizar o exame”, declarou.
Segundo ele, as autoridades foram informadas sobre o agravamento do quadro de saúde de Pollara. “Desde sexta-feira estou avisando o Ministério Público, o Judiciário e a administração penitenciária que ele estava passando mal. Ontem [domingo] à noite ele precisou de uma intervenção cardíaca, fez cateterismo e está na UTI se recuperando”, detalhou.
“O quadro está estável, graças a Deus, mas ele tem outros problemas de saúde, como arritmia, que precisam ser monitorados”, completou o advogado. “Estamos aguardando a análise. Pedimos também uma reapreciação do habeas corpus para tentar a revogação da prisão ou, ao menos, a concessão da domiciliar”, finalizou.
Quesedes Ayres
A defesa de Quesedes Ayres, ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, entrou com um novo pedido de habeas corpus nesta segunda-feira, 2, buscando revogar a prorrogação da prisão temporária do investigado, que foi estendida até sexta-feira, 6.
O advogado responsável, Marcio Cunha, argumenta que os fundamentos que justificaram a prisão já foram completamente superados.
“O uso da prisão temporária como uma forma de coação ou repressão para forçar uma colaboração ou confissão é inadmissível nos dias de hoje. Essa prática não tem respaldo legal e desrespeita os direitos fundamentais do investigado”, declarou o advogado.
Segundo ele, os três requisitos legais para a decretação da prisão temporária — evitar contato com servidores, busca e apreensão de provas, e incomunicabilidade — já foram cumpridos. “Todos esses pontos foram exauridos. Não há mais motivos que justifiquem a manutenção da prisão”, afirmou.
Além disso, a defesa questiona a exposição midiática do caso e o impacto sobre a família. “Uma vez exposto, mesmo que seja absolvido, o dano à sua imagem e à sua família não será reparado”, disse o advogado.
O defensor criticou ainda o que considera alegações genéricas por parte do Ministério Público. “Dizer que ele faz parte de uma organização criminosa é muito vago. Qual é a organização? Que vantagem ele teria obtido? Não há provas concretas. Não se apontou especificamente o que ele fez.”
Quesedes é suspeito de envolvimento em irregularidades na gestão da saúde municipal, mas, segundo sua defesa, ele não exercia controle sobre recursos financeiros. “Ele era apenas um chefe de gabinete, sem poder para ordenar despesas. Atribuir a ele as mazelas da saúde pública é incoerente e exagerado”, argumentou.
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