Na tarde desta terça-feira, 26, o governador Ronaldo Caiado (UB) concedeu entrevista ao Jornal Opção na sede do governo do estado. Na entrevista, ocorrida antes da prisão do secretário municipal de Saúde Wilson Pollara, o governador comentou a crise na pasta, que há seis meses gera atrasos de repasses da Prefeitura de Goiânia a fornecedores e hospitais conveniados. Até o momento, a paralisação de 20 leitos de UTI na capital levou à morte cinco pacientes que aguardavam atendimento. 

“A saúde não colapsou agora”, afirmou Ronaldo Caiado sobre o atraso nos repasses. “A saúde colapsou há seis meses, mas os donos de hospitais, a duras custas, mantiveram o serviço. O que aconteceu agora foi que esses prestadores  não puderam continuar oferecendo os leitos. Por que o Estado repassa o dinheiro à Prefeitura para custear hospitais conveniados, mas o dinheiro não chega até eles? Porque o dinheiro do Estado foi usado para quitar outras despesas.”

O governador concluiu: “Toda essa crise foi criada porque existiu uma acomodação das autoridades responsáveis. Quantas vezes esse assunto foi discutido pela mídia? Já se sabia que não havia leitos de UTI — há quantos meses os hospitais conveniados não recebem? A Prefeitura escolheu contemporizar as situações, atrasando repasses, sendo que o penalizado é o cidadão.”

No dia 24, reportagem do Jornal Opção revelou que, após pedido de Sandro Mabel, a secretaria Estadual de Saúde tenta solucionar a crise. O secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Santos, solicitou a criação de um grupo de médicos para fazer o repasse, diariamente, de dados das UPAs e Cais para acompanhamento de doentes, sobretudo os que estão no aguardo de leitos de UTI.