Trabalhadores param por um dia e reivindicam quitação da data-base. Em reunião com representantes da categoria, Paço Municipal tenta resolver impasse

O pagamento da data-base é o motivo para a paralisação de 24h de parte dos servidores do departamento de varrição da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), iniciada nesta segunda-feira m (7/7). Para tentar resolver o impasse, a prefeitura apresenta nesta manhã uma proposta de repasse parcelado dos valores. Uma alternativa seria a quitação dos vencimentos em três ou quatro parcelas, que seriam repassados a partir de cortes de gastos na própria empresa.

Titular da Secretaria de Governo (Segov), Osmar Magalhães (PT) afirmou ao Jornal Opção Online que a questão vem sendo tratada há algum tempo, inclusive em dois encontros recentes. Sem adiantar números, o petista disse que há um plano de pagamento que será apresentado dentro das condições financeiras da prefeitura.

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O auxiliar ressaltou ainda que existe dinheiro em caixa para isso, já que cortes serão feitos na empresa. “Não é dinheiro novo”, alertou, destacando que todas as decisões discutidas na reunião vão depender de assembleia da categoria. Presidente da companhia, Ormando José Pires Júnior foi contatado, mas não atendeu às ligações da reportagem.

A reunião no Paço Municipal conta também com a presença de Isonel Bruno da Silveira Neto, interventor do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares de Goiás (Seacons), e integrantes de comissão formada por outras pastas. Entre elas estão a de Gestão de Pessoas (Semgep), de Finanças (Sefin), além da Controladoria e Procuradoria Geral, e do vereador Izídio Alves (PMDB), que representa a categoria na Câmara.

Uma manifestação em frente à Praça do Trabalhador, no Centro, estava marcada para o início desta manhã, mas poucos trabalhadores apareceram. Em nota, a Comurg informou que até o momento não houve nenhum prejuízo na limpeza urbana, uma vez que os serviços continuam sendo executados normalmente. “Não constatamos ausência de nenhum gari ao trabalho no dia de hoje”, relata o comunicado.

Crise

A administração de Paulo Garcia (PT) passa por dificuldades financeiras, o que levou à criação de duras medidas para arrecadação de recursos. Um deles é o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), que negativa o nome de contribuintes inadimplentes caso contas de IPTU e ITU, por exemplo, não sejam pagas.

Recentemente, o Ministério Público de Goiás (MPGO) instaurou inquérito civil público para apurar a atual situação. A base das investigações são os relatos do ex-secretário municipal de Finanças Cairo Antônio Vieira Peixoto ao promotor Fernando Krebs, sobre um desequilíbrio nas contas públicas e uma dívida de cerca de R$ 400 milhões.