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Em nota, Cremego lamenta críticas do dr. Sebastião Moreira e reafirma necessidade de partos serem realizados com assistência médica

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) condenou as declarações dadas ao Jornal Opção Online pelo diretor da Maternidade Nascer Cidadão, Sebastião Moreira. Em nota, o Cremego criticou a defesa do fim da obrigatoriedade de pediatras em salas de parto e a realização destes por profissionais não-médicos.

Segundo o texto, a assistência médica qualificada é fundamental para a segurança da gestante e do bebê. Além disso, a ausência ou a substituição dos médicos por trabalhadores de outras categorias “potencializa os riscos para as mães e para os recém-nascidos, mesmo em partos que teoricamente se apresentam como ‘de baixo risco'”.

O Cremego ressaltou, ainda, que a assistência neonatal prestada atualmente nas maternidades do País é uma discussão “válida”, mas deve ser feita de forma “democrática, técnica e séria”.

Veja a nota na íntegra:

“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), cumprindo seu compromisso de zelar pela boa qualidade da assistência à saúde da população, rechaça as declarações do médico Sebastião Fernandes Moreira, que em entrevista ao Jornal Opção Online defendeu o fim da obrigatoriedade de pediatras em salas de parto e a realização de partos por profissionais não-médicos.

O Cremego condena essa postura e reafirma o direito das pacientes gestantes de serem atendidas por médicos, que são os profissionais capacitados e habilitados para a realização de partos normais e cirúrgicos. Defendemos também o direito dos recém-nascidos de contarem com a assistência de um médico pediatra ainda na sala de parto, em seus primeiros minutos de vida.

Entendemos que essa assistência médica qualificada é fundamental para a segurança da gestante e do bebê e que a ausência ou a substituição dos médicos por trabalhadores de outras categorias potencializa os riscos para as mães e para os recém-nascidos, mesmo em partos que teoricamente se apresentam como “de baixo risco”.

A discussão sobre a assistência neonatal prestada hoje nas maternidades públicas e privadas do País é válida e deve ser feita de forma democrática, técnica, séria e visando melhorar as condições de atendimento às mães e aos filhos e, não, propondo o fim de direitos conquistados, como a realização de partos por médicos e a presença de pediatras nas salas de parto.

Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego)