O Congresso da Coreia do Sul formalizou o pedido de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, que tentou dar um golpe de Estado no país na última terça-feira, 3. Yoon Suk Yeol declarou lei marcial no país em pronunciamento feito na TV. A medida foi derrubada horas depois pelos deputados do país.

O Partido Democrata, principal partido de oposição, informou que apresentou o pedido de impeachment do presidente por “traição”. O anúncio foi feito pelo partido ao lado de cinco outras legendas do país.

A oposição precisa de dez integrantes do partido governista para conseguir apoio e seguir com o pedido. São necessários o apoio de ao menos 200 dos 300 parlamentares que compõe o Congresso do país. O PD somaram 190 votos para derrubar, por unanimidade, a lei marcial. O Poder Popular, partido governista, deve rejeitar o pedido de impeachment.

A proposta deve ser votada na sexta-feira, 6, ou sábado, 7, seguindo o prazo de 72 horas estabelecido pela normativa nacional para processar este tipo de medida. Caso aprovada, o presidente será julgado em um tribunal constitucional, órgão com nove integrantes que supervisiona o governo. São necessários seis votos para o impeachment de Yoon.

Desde a declaração de lei marcial, milhares de manifestantes ocuparam as ruas de Seul pedindo a renúncia do presidente sob a mesma acusação: traição. A concentração ocorreu na Praça Gwanghwamun e, em seguida, manifestantes marcharam até o gabinete presidencial.

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