Condenado a 22 anos homem que matou jovem após recusa a convite para hidromassagem em Nerópolis

30 maio 2025 às 09h32

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Apontado como autor do assassinato da jovem Brunna Letícia de Souza Santos Morais, de 19 anos, Romildo José Mesquita Júnior foi condenado a 22 anos de reclusão durante júri popular nesta quinta-feira, 29, em Nerópolis. O julgamento aconteceu mais de 10 anos após o crime.
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A sentença foi anunciada no final da tarde pela juíza Raquel Rocha Lemes, da 2° Vara Judicial da Comarca de Nerópolis, horas depois do início do julgamento, que começou às 9h da manhã. Romildo deve cumprir a pena em regime fechado.
“Nego ao réu o direito de recorrer em liberdade e, como consectário lógico da condenação, determino a imediata execução provisória da pena fixada, com expedição de mandado de prisão preventiva, bem como a confecção da guia provisória de recolhimento, que deverá ser devidamente instruída com os documentos pertinentes para encaminhamento ao juízo da execução penal competente”, diz trecho da decisão.
Brunna foi morta por Romildo em outubro de 2014. Na época, o noivo da vítima, Jesus Silva Souza, de 29 anos, também foi assassinado a golpes de faca por Márcio Humberto Fernandes Junior – esse ainda a ser julgado.
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), as vítimas participavam de uma confraternização em uma chácara da cidade quando foram mortas no dia 12 de outubro de 2014. Brunna foi atingida com um disparo de arma de fogo no rosto, enquanto Jesus foi atacado a facadas ao tentar defendê-la. Um amigo do casal também foi golpeado pelo objeto cortante por Márcio, mas sobreviveu.
O duplo homicídio e a tentativa de assassinato foram praticados após Brunna se negar a acompanhar a irmã de Romildo em uma banheira de hidromassagem em outra chácara. Neste momento, a mulher teria se alterado e começado a proferir ofensas contra Jesus, indicando que Brunna teria recusado o convite por conta dele.
Ao perceber a gritaria da irmã, Romildo, que estava com familiares e amigos em uma propriedade vizinha, imediatamente foi até o local, sacou uma arma e matou Brunna, de acordo com o MP. Ao ver a companheira sendo morta, Jesus teria iniciado uma discussão com a mulher, afirmando que a culpa pela morte da noiva era dela.
Neste momento, sem que pudesse se defender, foi golpeado a facadas por Márcio, que também participava da confraternização em outro espaço distinto do das vítimas. Depois de esfaquear Jesus, Márcio ainda atacou e feriu o amigo do casal.
Romildo e Márcio se tornaram réus em 25 de abril de 2024, quase dez anos após o crime. Márcio, que ainda será julgado, pode ser condenado a 42 anos de prisão por homicídio qualificado pelo motivo fútil e mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima na modalidade tentada, contra o amigo do casal, e consumada, praticado contra Jesus.