Deputado Gustavo Sebba (PSDB) levou dez representantes das Organizações Sociais para apresentar dados sobre hospitais

Deputados na Comissão que discutiu OSs na Saúde | Foto: Assessoria
Deputados na Comissão que discutiu OSs na Saúde | Foto: Assessoria

A Comissão de Saúde e Promoção Social da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), realizou, na manhã desta quinta-feira (23/4), uma reunião com várias Organizações Sociais (OSs) com o objetivo de rebater as acusações feitas pela oposição nos últimos dias quanto à eficiência e viabilidade destas.

Dados, resultados e estatísticas do antes e depois das OSs foram apresentados por diretores, assessores e médicos representando a área da saúde pública em Goiás. Embora nenhum deputado oposicionista, como José Nelto e Adib Elias (ambos do PMDB), tenham comparecido, a sessão explicou, detalhadamente, todo o processo de implantação das Organizações Sociais.

O líder do PSDB defendeu que a reunião é um momento imprescindível para estreitar o contato entre governo e Assembleia e também que seja uma ferramenta de transparência e debate. Gustavo Sebba revelou que a Comissão deve iniciar em breve visitas às unidades de saúde do Estado para fomentar o trabalho já desenvolvido no Legislativo.

Ex-secretário e superintendente executivo, Halim Antônio Girade, elogiou a preocupação dos deputados estaduais com a Saúde: “As OSs transformaram os hospitais decadentes em referência e fizeram do grande problema em qualificação e credibilidade”. Girade disse que houve aumento de 28% no custeio nos últimos quatro anos, o que considera pouco considerando a inflação de 23%. “Passamos de 40 milhões de contratos primitivos para 52 milhões, o que é pouco para tanta qualidade. Isso é possível porque temos um governador ousado”, informou.

De acordo com ele, em quatro anos houve 101% aumento ambulatorial, 48% em cirurgias, 80 % em enfermarias e em UTI. “Não é só número, mas qualidade. As OSs estão há três anos sem aumento, em outras houve, sim, aumento porque o serviço também foi incrementado”, garantiu.

Relatos

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Reunião sobre implantação das OSs | Foto: Assessoria

 

O diretor-geral do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) — alvo da maioria dos ataques –, Ciro Ricardo Pires de Castro, mostrou as mudanças na unidade após a OS Gerir assumir a administração do hospital. “Passamos por uma construção desafiadora e graças ao governo atual conseguimos as mudanças da água para o vinho. O hospital estava sucateado”, explicou.

Ciro lembrou ainda que o Hugo era um hospital sem a menor condição de atendimento e sem estrutura para fazer as cirurgias adequadas com indicativo de ser fechado ou interditado. “A parte física era precária e influenciava na parte estrutural e atendimento. Havia fiações em gambiarra, lixo a céu aberto, lavanderia quebrada e piso sem condições de higiene”, acrescentou.

Após dois anos da gestão da Gerir, o diretor ressaltou que a administração é compartilhada com a Secretaria de Saúde — que não deixa o Hugo “desamparado”. “Não é apenas a parte física, havia equipamentos obsoletos, agora trabalhamos com o que há de mais moderno oferecido pela secretaria com a Gerir”, sustenta. Em dados, o Hugo obteve um aumento de 84% em cirurgias, de 235 para 407 leitos, de 44 leitos de UTI para 58, registrando um aumento de 60% nos leitos hospitalares. “É muito satisfatório vermos aprovação de 7 a cada 10 usuários”, arrematou.

O diretor-técnico do Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG), Rafael Nakamura, pontuou os benefícios após o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) assumir a gestão da unidade: “Saúde não pode ser apenas números, temos que ter mais que isso. Todo esse trabalho após três resultou em premiações e reconhecimentos na área da saúde”.

Representando o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Sérgio Daher afirmou que a OS Agir — que está à frente da gestão há 13 anos — transformou o hospital: “É um complexo e temos que valorizar essa estrutura”. Só com incentivos fiscais, Sérgio Daher garantiu que a Secretaria Estadual de Saúde disponibilizou R$ 55 milhões em 12 anos e a evolução do patrimônio rege cerca de RS 80 milhões. “Tivemos um aumento de 62 para 162 leitos, de 78 mil pacientes para 100 mil em dois anos, além da realização de 2 milhões de atendimentos nos últimos anos”, comemorou.

Já a superintendente regional do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) e diretora-geral do HMI, Rita de Cássia Leal ponderou avanços consideráveis no que se refere a modernização, avanços na tecnologia e reorganização dos suprimentos. “Todos os hospitais da gestão são também instituições de ensino. Um fato importante é o regime de funcionamento sobre a gestão do IGH: ‘porta aberta’. Atendemos todos que nos procuram”, afiança.