Segunda onda da pandemia, redução de importados e comprometimento da renda das famílias justificam previsão de faturamento mais baixo em 13 anos

Ovos de Páscoa | Foto: Reprodução

No segundo ano da pandemia, as vendas no comércio varejista brasileiro relacionadas à Páscoa devem registrar diminuição de 2,2%, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A quinta data comemorativa mais importante do varejo brasileiro deverá movimentar R$ 1,62 bilhão em 2021, o menor volume desde 2008.

A expectativa é de uma arrecadação inferior à registrada no ano passado. Especificamente sobre o volume de vendas, a queda esperada é menor do que a observada em 2020 (28,7%), mas há baixa perspectiva dos varejistas por conta da redução das importações de produtos típicos da data.

Importações

A quantidade de chocolates importada este ano foi de 2,9 mil toneladas, por exemplo, sendo a menor desde 2013 com 2,65 mil toneladas. Já a importação de bacalhau de 2,26 mil toneladas, foi a mais baixa desde a Páscoa de 2009 com 1,43 mil toneladas.

Um dos motivos citados pela CNC, foi a desvalorização cambial de 23% nos últimos 12 meses, que encareceu a importação de produtos típicos. De acordo com dados do Banco Central, 28,4% da renda dos brasileiros está comprometida com o pagamento de dívidas, o maior patamar da série, iniciada em 2005.