Com pandemia, menos pessoas pretendem presentear mães em data comemorativa
07 maio 2020 às 08h23
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68% dos entrevistados por levantamento da CNDL pretendem presentear no Dia das Mães, menor porcentagem dos últimos três anos. Maioria culpa crise gerada pelo novo coronavírus
Levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que, apesar da pandemia de Covid-19, 68% dos brasileiros pretendem presentear as mães na comemoração da data neste ano. A porcentagem é a menor nos últimos três anos, 2017 (73%), 2018 (74%) e 2019 (78%).
Entre aqueles que disseram que não irão presentear, 62% afirmaram o fato da mãe já ser falecida, 16% disseram não ter dinheiro, 9% afirmaram estar desempregados. Entre os que não tem dinheiro, 77% apontam a Covid-19 como principal razão. Entre os que tem intenção de gastar o mesmo que no ano anterior, caiu de 67% na pesquisa de 2019, para 40% em 2020. No entanto, 45% afirmaram que pretendem gastar menos que no ano anterior. Em 2019, eram 24%.
Para quem pretende reduzir gastos, 49% alegaram estar com orçamento apertado, 38% culpam as incertezas em relação ao cenário econômico e 36% alegam motivos de economia dos recursos. Para 88% dos entrevistados, o coronavírus impactou a decisão de retração de gastos.
“Quase 4 milhões de trabalhadores já fizeram acordo de redução de jornada e de salários, o que impacta diretamente na renda familiar. O cenário dos próximos meses traz insegurança para a manutenção das empresas e dos postos de trabalho. As pessoas ainda vão tentar presentear as mães, mas o gasto tende a ser menor do que nos anos anteriores”, disse o presidente da CNDL, José César da Costa.
Internet
Aqueles que irão comprar o presente para as mães, 53% afirmou que irá comprar por meio da internet, seguido por lojas de rua/bairro (49%) e supermercados (18%). Para eles, 48% vão optar por locais que ofereçam preços menores, 37% devem optar por promoções e descontos e 36% por lugares com produtos de qualidade. Ainda, 27% dão preferência para lugares que ofereçam frete grátis, 18% disponibilidade da loja durante a pandemia.
“Diante do isolamento social imposto pelo coronavírus, cresce a importância dos comerciantes buscarem estratégias para aumentar sua presença online, de maneira que possam atrair clientes e aumentar suas vendas. Neste sentido, as redes sociais e o Whatsapp são meios simples de operar, especialmente para aqueles que possuem menos recursos para investir em sites ou aplicativos”, declarou Costa.
78% dos entrevistados disseram que irão presentear a própria mãe, 20% as esposas, 18% as sogras, 10% as irmãs. 42% irão comprar apenas um presente para o dia das mães, mesma porcentagem do ano anterior. Entretanto, 31% pretende comprar dois presentes, 12% três. A média é de 1,6 presentes. O gasto médico com os presentes é de R$188, uma injeção de R$20, 2 bilhões na economia.
Roupas, calçados e acessórios são os presentes mais procurados, por 43% daqueles que irão presentear. Perfumes (34%), cosméticos (26%) e chocolate (18%). A maioria, 47%, pretende fazer as compras na primeira semana de maio. 17% ainda no mês de abril, 14% deixarão para a última hora. Já a forma de pagamento mais da maior parte dos entrevistados é à vista, 68%, dos quais 47% devem pagar em dinheiro e 28% em cartão de débito. Cinco em cada dez consumidores (49%) devem comprar a prazo, sendo 32% no cartão de crédito parcelado, 15% no cartão de crédito em parcela única.
81% pretende fazer pesquisa de preço antes das compras, enquanto 12% não pretendem.
Já a maneira de comemorar o Dia das Mães pode mudar. 10% pretende comemorar por videochamadas e telefonemas, 39% na própria casa e 33% na casa da mãe.
Dois em cada dez consumidores (24%) admitem que gastam mais do que podem com as compras do Dia das Mães. O estudo aponta que 8% dos entrevistados deixarão de pagar algo para comprar o presente, sendo que a maioria (84%) garante que não irá comprometer as contas para priorizar o presente. Já 38% admitiram ter contas atrasadas atualmente. 58% estão com o nome em cadastro de proteção ao crédito.