Com discurso de renovação, Podemos abraça velhos conhecidos da política em Goiás
22 abril 2018 às 17h52
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Presidente nacional do partido veio a Goiás esta semana para lançar a pré-candidatura do deputado Lívio Luciano a vice na chapa de Ronaldo Caiado (DEM)
Desde que mudou o nome de PTN para Podemos, o partido tem trabalhado a nível nacional para perder o status de nanico e alçar voos maiores, inclusive com o lançamento da pré-candidatura do senador Álvaro Dias, do Paraná, a presidente da República.
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O discurso de renovação contribuiu para que a sigla terminasse a última janela partidária com uma bancada de 17 deputados federais e cinco senadores no Congresso Nacional.
Para a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu, o objetivo do partido é se mostrar como uma alternativa para a renovação política que a população anseia. “2018 tem que ser o ano da mudança. As pessoas que vieram para o Podemos não vieram por fisiologismo. Vieram porque acreditam que podemos representar a mudança para o país”, disse em entrevista ao Jornal Opção na última semana.
Em Goiás, a narrativa esbarra, porém, nos nomes que escolheram se juntar ao partido. Na última janela partidária, o Podemos conseguiu filiar dois parlamentares goianos. Os deputados estaduais Lívio Luciano e José Nelto. Os dois saíram do MDB por apoiarem a pré-candidatura do senador Ronaldo Caiado (DEM) ao governo de Goiás, em detrimento do nome de seu próprio partido ao cargo, o deputado Daniel Vilela.
Os dois são velhos conhecidos da política goiana. José Nelto está em seu 5º mandato consecutivo na Assembleia. Da mesma forma, Lívio Luciano participou das últimas seis legislaturas, seja como deputado ou suplente.
Renata Abreu esteve na capital goiana para lançar o nome de Lívio como pré-candidato a vice de Caiado, que também, por sua vez, já soma quase 25 anos de Congresso Nacional.
Ela justifica que a renovação que defende é no sentido de romper “o sistema de governança” e não simplesmente rostos novos na política. “Não acredito em um herói que vai resolver os problemas da nação. Quando eu digo ruptura, tem que olhar a trajetória. Não dá mais para votar em qualquer um. Acredito em quem tem história e experiência para criar ruptura no sistema de governança. Não dá mais para aceitar o balcão de negócios na política”, se explicou.
Um dos critérios que embasaram a escolha do partido em apoiar Caiado em Goiás foi a possibilidade de um bom palanque para Álvaro Dias no Estado. Os outros dois principais pré-candidatos ao governo de Goiás não teriam a mesma abertura visto que o PSDB do governador José Eliton está fechado com candidatura de Geraldo Alckmin e o MDB de Daniel Vilela terá Michel Temer, Henrique Meirelles ou algum outro nome da base governista.