O presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou reunião com comandantes das Forças Armadas e ministros nesta quinta-feira, 24. O encontro aconteceu após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, rejeitar a ação que contestava a derrota eleitoral de Bolsonaro no segundo turno. O documento foi protocolado pela coligação e encabeçada pelo Partido Liberal.

Na reunião, segundo o Jornal O Estado de S.Paulo, o Estadão, estiveram presentes os ministros e o candidato a vice-presidente, general Braga Netto. O encontro não estava programado na agenda oficial de compromissos do presidente. Até então, Bolsonaro vinha se mantendo isolado no Alvorada, desde a derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 30 de outubro.

O Estadão informou que ouviu generais do Exército e que a avaliação deles é de que agora será interposto recurso no próprio TSE ou no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a decisão de Moraes. Além de rejeitar a manifestação, o ministro multou a coligação em mais de R$ 22 milhões, bloqueando o fundo partidário da sigla e dos aliados Progressistas e Republicanos.

Os militares citam que a ação do PL elevou a temperatura dos atos com sinalização intervencionista. Essas manifestações se acumulam no entorno de quartéis por todo o Brasil. Os oficiais já esperavam que isso não se sustentaria, porque eles entendem que a impossibilidade de identificação das urnas não se firma nos fatos.