Organizadoras da mostra de arquitetura e decoração, que é referência no País, celebram inspirações para a casa moderna — desde pequenos lofts a suntuosas mansões

Organizadoras Sheila Podestá e Eliane Martins: Casa Cor Goiânia é referência | Foto: Cristina Diniz
Organizadoras Sheila Podestá e Eliane Martins: Casa Cor Goiânia é referência | Foto: Cristina Diniz

A Casa Cor Goiânia é referência no Brasil. Com o 5º melhor público dentre as 23 que são realizadas pelo Brasil, a versão goiana da mostra deu o pontapé inicial para sua edição 2015 nesta quarta-feira (13/5), em eventos para convidados especiais.

Sob o manto da hospitalidade brasileira e a paixão tupiniquim pelo lar, a 19ª Casa Cor Goiânia promete apresentar, em 37 ambientes projetados por 56 profissionais, o que há de mais moderno e inovador no segmento. Tudo isso a partir de um olhar nacionalista, que privilegia o “jeito brasileiro” de se receber.

Em um bate-papo descontraído com o Jornal Opção Online, as organizadoras, Sheila Podestá e Eliane Martins, contaram a satisfação que é chegar a quase duas décadas de mostra.

“É impressionante como os profissionais conseguem nos surpreender e, claro, os visitantes. Sempre nos perguntamos se vamos superar o ano anterior e acho que nesta edição pudemos perceber um amadurecimento muito grande. O sentimento de satisfação é enorme”, comemora Sheila.

Embora a Casa Cor dure um mês e meio, a dupla relata que o trabalho é constante. “Todo mundo acha que é só glamour, mas é muito trabalho. Só que é um trabalho diferente… Todos os dias temos novos desafios”, afirma Eliane.

Uma característica que tem sido percebida nas últimas edições é o tamanho dos espaços. Neste ano, por exemplo, elas explicam que, embora o plano inicial fosse uma área enorme, tiveram que optar por um terreno menor. “Com isso, a maioria dos participantes é veterana na mostra. Temos apenas três ambientes com novos profissionais”, detalha Sheila.

O que pode parecer um empecilho é visto, na verdade, como uma característica positiva da edição goiana do evento nacional. “Realmente não é fácil conseguir espaço para fazer a mostra e, indiscutivelmente, a identidade  é ditada pelo tamanho do local onde ela será realizada… Porém, a beleza está justamente nesta pluralidade de locais que temos desenvolvidos durante todos estes anos”, justifica Eliane.

Ao contrário de São Paulo — onde a Casa Cor é realizada em um mesmo espaço todos os anos –, a capital goiana coleciona uma série de lugares inusitados onde edições da mostra já foram sediadas. “Já fizemos mostras em edifícios, condomínios, colégios, prédios públicos”, relembra Eliane, que complementa: “Quando fazemos em lugares públicos, a satisfação é maior, pois entregamos os benefícios. Veja o exemplo do Mercado de Goiânia, o Colégio Lyceu e o Grande Hotel. É uma tendência atual”.

Mas, como tudo no setor público do Brasil, a realização de uma Casa Cor em um prédio público esbarra na burocracia. “Mesmo que deixemos as melhorias, como foi o caso do Mercado, nos questionam por não pagarmos aluguel, ‘apenas’ a reforma do local”, lamentam as organizadoras.

De fato, com o eminente fim das casas (pelo menos em alguns setores da capital), a Casa Cor Goiânia tem tentando se reinventar e buscar alternativas para os próximos anos. “Vivemos uma realidade triste, que tem sido nossa facilidade: as grandes casas estão sendo vendidas todas para virarem empreendimentos”, alerta Sheila.

Mesmo assim, Sheila Podestá e Eliane Pinheiro se mostram animadas com o futuro da mostra. “Nosso objetivo, todos os anos, é mostrar que é possível morar de uma maneira melhor. Seja em suntuosas mansões ou em um apartamentos de 40 m². Com as ideias da Casa Cor, é possível viver com mais qualidade e criatividade para superar os desafios do dia-a-dia”, finaliza Sheila.