Nota foi divulgada após o candidato petista ter defendido o governo federal das críticas do governador. Texto diz que números apresentados pelo ex-prefeito são defasados

Petista e tucano trocam farpas sobre a segurança pública em Goiás e no Brasil | Fotos: Reprodução Twitter e Flickr
Petista Antônio Gomide (à esquerda) e o tucano Marconi Perillo trocam farpas sobre a segurança pública em Goiás e no Brasil | Fotos: Reprodução Twitter e Flickr

A coligação “Garantia de um Futuro Melhor para Goiás”, do candidato à reeleição Marconi Perillo (PSDB), emitiu nota-resposta sobre as críticas de Antônio Gomide (PT). Na quarta-feira (30/7), o petista relatou que o governador “tenta ludibriar o eleitor quando cita números da segurança pública no Estado e mente quando cita números da segurança pública no país”. Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (31), o ex-prefeito de Anápolis tenta reduzir o debate desse tema “de forma superficial”, utilizando dados de 2012, considerados defasados pela base aliada.

“Antônio Gomide não citou, por exemplo, que o país ocupa hoje a sétima colocação no mundo em casos de homicídios , segundo o Mapa da Violência de 2014 elaborado pelo Ministério da Saúde e entidades parceiras. Levantamento este que corrobora a afirmação de que o problema da violência é nacional e precisa contar também com o enfrentamento direto do governo federal, que tem se furtado sistematicamente a colaborar com os estados”, argumentou o texto.

Em entrevista à emissora de rádio local na segunda-feira (28), o tucano criticou o que seria uma suposta omissão da União na questão da segurança pública e disse que a escala de crescimento de homicídios em Goiás está caindo desde 2011, o que gerou a reação do petista. “Verdade”, declarou Gomide, complementando que “o que ele não disse é o que isso significa! Desde 2011, ano em que Marconi assumiu seu terceiro mandato, Goiás bate o triste recorde de homicídios a cada ano.”

De acordo com a coligação, o candidato se esqueceu do montante financeiro utilizado nas secretarias em todos os Estados brasileiros. “80% dos recursos são provenientes dos próprios estados, 3% dos municípios e apenas 17% da União, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Infelizmente o governo federal não investe proporcionalmente em Segurança como faz com Educação e Saúde, por exemplo”, especificou a colicação.

Falando sobre a situação goiana, o texto pontuou que o governo vem se esforçando para “modernizar e revolucionar a área” com a aquisição de novas frotas de viaturas e o pagamento de remunerações adequadas aos policiais.

Ao final, o comunicado usa o mesmo discurso adotado por Marconi desde o último semestre de 2013, o qual faz críticas ao Código de Execução Penal. “A questão da segurança no Brasil vai muito além de números e dados​ e envolve ainda questões importantes, como a necessidade de se mudar a legislação penal.”