Chuva segue em Goiânia: semana começa com instabilidade, ventos fortes e alerta para tempestades
03 novembro 2025 às 09h29

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Depois de um outubro marcado pela seca e altas temperaturas, Goiânia e outras cidades goianas finalmente voltaram a sentir o alívio das chuvas. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a previsão indica que o início de novembro será de instabilidade, com pancadas de chuva intermitentes, risco de tempestades e possibilidade de ventos fortes em várias regiões do estado.
A tradicional chuva do Dia de Finados, que costuma marcar a transição para o período úmido, chegou com força neste fim de semana e deve se manter nos próximos dias. O gerente do Cimehgo, André Amorim, afirmou em entrevista ao Jornal Opção que o mês começou dentro da expectativa.
“Já começamos novembro realmente com as chuvas tão esperadas. Nós tivemos um outubro com chuvas abaixo da média e agora as chuvas começam a engrenar aqui no estado de Goiás. Aí nós começamos a ter chuvas mais recorrentes”, destacou.
De acordo com Amorim, algumas regiões da capital registraram volumes expressivos nas últimas 24 horas. “Nós tivemos chuvas em algumas regiões de mais de 100 milímetros, outras um pouco menos. Mas mesmo assim, chuvas que não trouxeram tantos problemas porque as equipes do gabinete de crise estavam todas bem posicionadas”, explicou.
Ele também ressaltou o trabalho preventivo das autoridades locais. “Todas as orientações foram repassadas e o trabalho tanto da Defesa Civil do Estado quanto da Defesa Civil do município foi essencial”, afirmou, lembrando que outras cidades goianas, como Itumbiara, também registraram ventos de quase 90 km/h.
A frente fria que passou pelo estado na última semana contribuiu para a formação de nuvens densas e instáveis. Segundo Amorim, “ela liberou muita nebulosidade, que combinada com o calor, está favorecendo essas áreas de instabilidade. Então, nós tivemos, no primeiro momento, a água da frente fria e, no segundo momento, a organização dessas áreas”.
O meteorologista explicou ainda que as chuvas não serão contínuas, mas sim intermitentes – o que ajuda a reduzir o impacto de alagamentos e deslizamentos. “É até bom que seja dessa maneira, que assim chove, para, volta, chove de novo”, pontuou.
Para esta segunda-feira, 3, a previsão para Goiânia é de mínima de 19°C e máxima de 33°C, com umidade relativa do ar entre 35% e 90%. O dia deve ser de sol com variação de nebulosidade e possibilidade de pancadas de chuva isoladas ao longo do dia.
O Cimehgo reforça que o alerta amarelo de tempestades continua válido em todo o território goiano. As chuvas podem ser acompanhadas de rajadas de vento de até 50 km/h, descargas elétricas e queda de granizo em pontos isolados. Para a capital, o volume previsto é de até 50 milímetros por dia.
Volumes de chuva na Grande Goiânia
Os dados divulgados pelo Cimehgo mostram que, nas últimas 24 horas, os acumulados variaram bastante entre as regiões da capital.
- Goiânia (Região Noroeste – Jardim Curitiba / Maternidade Nascer Cidadão): 85,0 mm
- Goiânia (Região Noroeste – Perim): 141,0 mm
- Goiânia (Região Norte – Balneário Meia Ponte): 36,6 mm
- Goiânia (Centro-Oeste – Vera Cruz / Maternidade Célia Câmara): 85,6 mm
- Goiânia (Setor Sul): 114,6 mm
- Goiânia (Sudoeste – Jardins Madri / Garavelo): 135,0 mm
- Goiânia (Centro – Câmara Municipal): 105,2 mm
- Goiânia (Sul – Jardim América / Comando CBMGO): 77,2 mm
Em Aparecida de Goiânia, os índices também chamaram a atenção:
- Vila Brasília: 109,0 mm
- Região Garavelo: 135,2 mm
- Cidade Vera Cruz: 146,0 mm
Recomendações e cuidados
Com o alerta vigente, as autoridades meteorológicas reforçam a importância de acompanhar as atualizações do tempo e evitar deslocamentos desnecessários durante as tempestades. O Cimehgo orienta que, em casos de chuva forte, a população busque abrigo seguro e evite se abrigar sob árvores ou estruturas metálicas.
Há também risco de queda de energia, interrupção de semáforos e queda de árvores, o que pode afetar o trânsito na capital. Em caso de emergência, a orientação é acionar a Defesa Civil pelo número 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.
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