O Ministério da Saúde admitiu que há dificuldade no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac e destinou frascos com número menor de dosagens na última remessa

Na última segunda-feira, 26, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que há dificuldade no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac, imunizante da Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Em março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a segunda dose fossem utilizadas imediatamente como primeira dose.

Em Goiânia, a diretora de Vigilância Epidemiológica do município, Grécia Pessoni, afirma que ainda há um estoque de dez mil doses suficientes para completar a imunização dos idosos de 66 anos. Para o grupo de 65 anos, que deve iniciar a vacinação da segunda dose a partir de quarta-feira, 05, a expectativa é receber os imunizantes do Ministério da Saúde.

Grécia Pessoni afirma que o município ainda não foi comunicado de forma oficial pelo ministério sobre a possibilidade da falta de vacinas para aplicação da segunda dose.

“Se faltar a vacina pode passar do prazo para a aplicação da segunda dose e isso pode impactar na resposta vacinal, mas até o momento não tivemos problema semelhante. Se ocorrer um atraso no sistema vacinal desses idosos pode diminuir a resposta para a doença, aumentando o número de internações e óbitos pela Covid”, pontuou Pessoni.

Outro problema relatado pela diretora de Vigilância Epidemiológica, foram que os últimos frascos da vacina vieram com redução na quantidade das dosagens, impactando diretamente no número de pessoas imunizadas. “A preocupação que nós temos é que a última remessa que recebemos os frascos não tinham as 10 doses. Apenas nove doses. Estamos enfrentando este desfalque”.