Empresário é alvo de investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro. Ex-presidente da Delta também teve mandado de prisão decretado

Carlos Cachoeira durante a CPI do Cachoeira em 2012 | Foto: José Cruz/ ABr
Carlos Cachoeira durante a CPI do Cachoeira em 2012 | Foto: José Cruz/ ABr

O empresário Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlos Cachoeira, foi preso novamente na manhã desta quinta-feira (30/6), em Goiânia.

Cachoeira é alvo de nova fase da Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Além dele, o presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, e o lobista Adir Assad tiveram mandados de prisão decretados.

De acordo com informações preliminares, a investigação revelou que os envolvidos teriam usado empresas de fachada para repassar cerca de R$ 370 milhões, obtidos pela Delta por meio de crimes contra a administração pública para o pagamento de propina a agentes públicos.

Nesta nova fase da Operação Saqueador, a Polícia Federal cumpre cinco mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva no Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

As investigações da PF, que duraram aproximadamente 3 anos, resultaram no indiciamento de 29 pessoas suspeitas de desvios de recursos federais destinados para diversas obras públicas. Com base no Inquérito Policial da PF, 23 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Operação Saqueador

A Operação Saqueador, deflagrada em outubro de 2013, teve como objetivo aprofundar investigação que apura desvio de recursos públicos. Foram cumpridos, à época, 20 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, envolvendo sede e filial da Delta, seu controlador e pessoas relacionadas ao suposto esquema criminoso.

As investigações apontaram fortes indícios de transferências milionárias de recursos da empresa de engenharia para sociedades de fachada, possivelmente desviados de obras públicas.

O trabalho teve origem a partir do envio de documentação pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no ano de 2012 para investigar organização criminosa que atuava em Goiás.