O terceiro debate entre candidatos a prefeito de São Paulo desta semana mostrou uma nova estratégia dos postulantes ao cargo: um foco maior nas propostas e menos ataques. Temas como segurança pública, meio ambiente e educação dominaram a discussão.

O candidato Ricardo Nunes (MDB) foi alvo de críticas, especialmente de Guilherme Boulos (PSOL), que o acusou de má gestão ambiental e de promover uma “maquiagem” na zeladoria da cidade às vésperas da eleição. Nunes, por sua vez, defendeu sua administração, citando o aumento da cobertura vegetal, a criação de novos parques e o saneamento das contas municipais.

Marçal (PROS) foi poupado pelas primeiras rodadas de perguntas, até ser abordado por Tabata Amaral (PSB), que mencionou o programa “Pé de Meia”, voltado para evitar o abandono escolar. Marçal desviou o assunto para uma proposta de transformar as escolas públicas em centros de educação olímpica e sugeriu a implementação de educação financeira nas escolas.

A segurança das mulheres também foi um ponto de debate. Tabata destacou o aumento de feminicídios em São Paulo, enquanto Marçal responsabilizou o governo federal e estadual pelo aumento da violência. Ele também insinuou que havia dois agressores entre os candidatos, sem citar nomes, e reiterou a necessidade de combater a violência contra mulheres.

O enfrentamento entre Nunes e Boulos intensificou-se quando Boulos mencionou a poluição ambiental e criticou a privatização dos cemitérios, que teria aumentado os custos e piorado a manutenção. Nunes respondeu exaltando os investimentos em infraestrutura e creches, além de defender a recuperação financeira da cidade.

A vacinação obrigatória também entrou em pauta, com Boulos acusando Nunes de ser negacionista ao mudar de posição sobre o passaporte da vacina. Nunes admitiu arrependimento em relação à exigência do passaporte, mas afirmou que tem orgulho da gestão da pandemia.

Outros candidatos, como Marina Helou (Rede) e José Luiz Datena (PSC), abordaram temas como a saúde pública, a situação das creches e a população de rua, com propostas que incluíam ampliação de programas sociais e a criação de novas políticas para as áreas mais vulneráveis da cidade. O debate, marcado por trocas de acusações e promessas eleitorais, foi o terceiro entre os candidatos a prefeito de São Paulo em menos de uma semana.

Leia também:

Cadeiras parafusadas, gritaria e 17 pedidos de resposta: como foi o debate de SP após cadeirada

Discussão entre Marçal e Datena continua após cadeirada; veja vídeo