Intenção de Alexandre Magalhães é que nova unidade federativa englobe a região do Entorno do DF e as cidades satélites de Brasília

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Assim como ocorreu em 1988, quando um projeto de divisão territorial deu origem ao Estado de Tocantins, o governadoriável Alexandre Magalhães (PSDC) tem como proposta de campanha outro desmembramento para o Estado. A nova unidade federativa englobaria os 26 municípios que compõem a região do Entorno do Distrito Federal, as 12 cidades satélites de Brasília, além de três municípios de Minas Gerais.

A justificativa do candidato é que o Entorno, apesar de ser uma das regiões com maior demanda demográfica, está abandonado pelas gestões estadual e federal. “Hoje, aquela região não tem pai, nem mãe. Ninguém zela”, defendeu em entrevista ao Jornal Opção Online na tarde desta sexta-feira (25/7).

Alexandre explica que o Plano Piloto, em Brasília, continuaria sendo a capital administrativa do País, gerida por um “governador” eleito pelo presidente da República. “Brasília foi criada para ser o centro administrativo e, com o tempo, virou o que é hoje. Com a criação de um Estado no Planalto Central, não aumentaria custo nenhum e teríamos um governador preocupado com aquela região”, explicou.

O governadoriável tem consciência que, caso eleito, a criação de uma nova unidade federativa não dependerá apenas de seus esforços. “Mas, como governador de Goiás, vou arregaçar as mangas para isso acontecer”, afirmou confiante.

Segundo Alexandre Magalhães, uma pesquisa realizada em 2003 pelo Instituto OIP Brasil apontou que 61,7%  da população do Entorno e 43% do total de habitantes das cidades satélites de Brasília são a favor da mudança proposta pelo candidato. “Na época, as condições ainda não estavam tão calamitosas como estão hoje na região”, argumentou.

Além da criação do novo Estado, Alexandre Magalhães também destacou as áreas de Saúde e Segurança Pública como mote de sua campanha. Entre as propostas, está a criação de centros de referência neuro-cardiovascular e de oncologia em Goiás, bem como a intensificação de um trabalho conjunto entre as forças de segurança do Estado, com um banco de dados integralizado e mapeamento do crime.

Sobre a recepção de suas propostas durante o período de campanha, o político avaliou como positivo o trabalho realizado até o momento. “Nunca fui político, e nem vou ser, serei um gestor. Minha função será essa”, afirmou emendando que resolveu entrar para a disputa eleitoral por falta de opção em quem votar.

O candidato também não se preocupa com os baixos índices registrados nas últimas pesquisas de intenção de voto quanto à aceitação ao seu nome. Segundo ele, ainda é cedo para qualquer prévia eleitoral. “Esses nomes estão aí há muito tempo. A partir do mês de agosto, o pessoal vai conhecer mais nosso nome. Ainda é grande o índice de indecisos e vamos nos focar nisso”, disse.

Conforme a última pesquisa Instituto Fortiori/Jornal Opção, Alexandre Magalhães não obteve mais de 1% nas intenções de voto. Quanto à rejeição dos eleitores, o governadoriável aparece com 10%. A pesquisa Fortiori foi realizada entre os dias 11 e 15 deste mês, e ouviu 800 eleitores em 71 cidades, apresentando margem de erro de 3,4% com intervalo de confiança de 95%.