Segundo o procurador da Câmara Municipal, povo clama por justiça perante ao Poder Legislativo

Prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin| Foto: Y. Maeda

O ex-procurador da Câmara Municipal da Luziânia e agora pré-candidato a vereador pelo município de Luziânia, Denis Meireles, usou a tribuna do Poder Legislativo na tarde da última terça-feira, 5, para anunciar que colocará sob apreciação da Casa o processo de impeachment do prefeito Cristovão Tormin (PP) —  denunciado pelo crime de importunação sexual. 

O procurador disse que, na ocasião, falaria “em nome das mulheres que foram violentadas psicologicamente, violentadas em seu íntimo, na condição de pessoas, violentadas na condição de mulher”, disse.  Segundo ele, todas as que foram supostamente violentadas pelo prefeito não se calaram, pelo contrário: “tiveram coragem e agiram com bravura”.

Depois, Meireles destacou que os vereadores terão a liberdade de escolher como irão votar em relação ao processo, no entanto, pediu para que todos olhassem bem para o gestor que tiveram no passado.

“Como se não bastassem [as acusações], foram feitas nesta Casa denúncias de improbidade administrativa, de funcionários fantasmas no gabinete do prefeito, de contratos com empresas fantasmas, de hospitais fechados, de aplicação [de recursos] em fundos indevidos”, enumerou.

Antes de deixar a tribuna Meirelles disse que o povo da cidade “clama por justiça” perante ao Poder Legislativo.

O caso

Cristóvão Tormin foi denunciado pelo crime de importunação sexual de uma servidora do município. As primeiras denúncias chegaram ao MP em novembro de 2019 e o crime contra a servidora seria apenas a primeira denúncia.

Outros casos ainda passam por investigação e também podem resultar em denúncias contra Tormin. Apesar do afastamento, o prefeito pode entrar com recurso para obter uma revisão da decisão. A investigação criminal foi produzida exclusivamente pelo MP.