Nesta quinta-feira, 7, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), entregou ao presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (Patriota), um Projeto de Lei (PL) que visa reestruturar a prestação de serviços de transporte público coletivo em Goiânia e na Região Metropolitana.

Segundo o município, o objetivo principal é abordar questões históricas apontadas pelos usuários do sistema. Como por exemplo, a proposta legislativa estabelece que as concessionárias assumam integralmente a responsabilidade pelos abrigos em Goiânia e na Região Metropolitana, incluindo manutenções a cada dois meses.

Esse compromisso abrange reformas, remoções, sinalizações e conservação dos pontos de ônibus. O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, destacou a relevância do projeto como uma solução para desafios enfrentados pelo sistema ao longo dos anos.

“Precisávamos de uma solução definitiva para os pontos de embarque e desembarque e finalmente encontramos. Esta solução ficou equilibrada para todos e encontramos uma resposta para os nossos usuários do transporte coletivo”, pontuou.

Detalhes

De acordo com o projeto, o plano para a construção e reforma dos abrigos está programado para começar neste mês de dezembro. Serão instalados 3.891 novos abrigos, enquanto outros 3.049 passarão por reformas em Goiânia e na Região Metropolitana.

A renovação da frota, com a inclusão de 1020 ônibus, terá início em janeiro de 2024. O BRT Norte-Sul receberá 62 veículos até julho de 2024, e o Eixo Anhanguera, sob responsabilidade da Metrobus, terá 65 novos ônibus. Dois ônibus elétricos, equipados com ar condicionado, estão em fase de teste.

Além disso, as concessionárias se comprometerão a investir na renovação, operação e manutenção da infraestrutura de transporte do Eixo Anhanguera, adotando também veículos elétricos. A previsão é que as obras de revitalização dos terminais do Eixo Anhanguera sejam concluídas até o final de 2024.

PMTC

Programado para iniciar em janeiro de 2024, o Programa Metropolitano de Transporte Coletivo (PMTC) incluirá a participação de uma consultoria especializada em engenharia de transporte. Essa consultoria será responsável por realizar novos estudos de demanda, com padrões de qualidade para os serviços, incluindo o redesenho da rede de transportes e a adequação da frota das concessionárias.

Em termos de segurança, o projeto prevê a implantação de equipamentos de monitoramento remoto na frota e nos corredores BRT, com a tecnologia Intelligent Transportation System (ITS).

Paralelamente, está em andamento um projeto que utiliza tecnologia e inovação para desenvolver um novo aplicativo, que oferecerá ferramentas de roteirização, meios de pagamento, informações e suporte aos serviços regulares integrados e complementares do sistema de transporte coletivo.

Para garantir o sucesso de todas as ações de reorganização dos serviços de transporte público, as concessionárias assumem a responsabilidade de viabilizar os investimentos necessários, mediante a criação de garantias públicas para o pagamento do complemento tarifário, como o que ocorre no pagamento atual do subsídio.

“Goiânia já vem subsidiando esse sistema desde abril de 2021 para a tarifa não sofrer aumento. Isso dá condições para que o sistema seja vantajoso. Acredito que esse projeto dará às empresas condições financeiras e a garantia do poder público de que, se forem comprar ônibus novos ou um empréstimo, o poder público está dando garantia por causa dessa maneira de pagarmos no convênio feito em 2021. Então, se dermos a garantia do subsídio, a empresa poderá adquirir os ônibus”, projeta Rogério Cruz.

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