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Ao lançar projeto “Agenda Brasil” para ajudar o governo federal, presidente do Senado criticou o impeachment 

Renan Calheiros se reúne com líderes partidários | Foto: Lula Marques / Agência PT
Renan Calheiros se reúne com líderes partidários | Foto: Lula Marques / Agência PT

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou na noite da última terça-feira (11/8), o projeto “Agenda Brasil” — pacote de medidas legislativas que pretende desafogar o governo federal e ajudar Dilma (PT) a sair da crise.

Entre as medidas, destaca-se a votação de 27 propostas legislativas que objetivam aumentar a confiança dos investidores na economia do país. O documento foi motivo de encontro co dia anterior entre o peemedebista e líderes partidários com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.

Propostas relacionadas à responsabilidade fiscal também vão entrar no pacote, como a emenda constitucional que proíbe o governo federal de adotar medidas que aumentem os gastos dos estados e municípios sem apontar fonte de receita.

A mais polêmica de todas elas é, sem dúvidas, a proposta de cobrança por procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) por faixa de renda.

Ao fazer o anúncio da Agenda Brasil, Renan Calheiros também tratou de falar sobre a crise política do governo Dilma. “Não é uma colaboração do Senado Federal, é uma colaboração do Legislativo. Nós queremos ser vistos como facilitadores e não como sabotadores”, justificou.

O senador afirmou que o sistema legislativo é bicameral e afirmou que “todas as sugestões serão bem recebidas”, mas, para ele, “discutir o impeachment todos os dias não resolve a crise econômica”.

“É preciso separar as crises. O governo Dilma Rousseff não é o Brasil. O reducionismo é impróprio. O governo Dilma, como todos sabem, tem data para acabar, e o Brasil vai continuar existindo”, arrematou.

Uma nova reunião com o ministro da Fazenda está marcada para esta quarta-feira (12/8), às 16 horas, quando o governo dará resposta sobre as propostas com as quais concorda. “Se o governo entender que é o caso, daremos início a esse processo que é urgente”, completou o presidente do Senado.(Com informações da Agência Brasil)