Questionado sobre possível aliança com democrata, José Nelto avalia ainda ser cedo para um novo acordo político e não descarta permanecer ao lado do PT

Senador Ronaldo Caiado e deputado estadual José Nelto | Fotos: Divulgação/Facebook - Alego
Senador Ronaldo Caiado e deputado estadual José Nelto | Fotos: Divulgação/Facebook – Alego

Marcelo Gouveia e Sarah Teófilo

O deputado estadual José Nelto (PMDB) engrossou o discurso para falar da aliança do democrata Ronaldo Caiado com o PMDB. Em entrevista ao Jornal Opção Online, o parlamentar defendeu a soberania do partido e disse que o senador é apenas um “aliado” e não pode “definir” pela legenda.

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“Caiado não manda no PMDB. Ele é um aliado. Não é ele quem vai definir pelo PMDB, somos nós que definimos. Ninguém vai dizer o que o PMDB deve fazer”, asseverou José Nelto, ao falar sobre o futuro da aliança entre a sigla e o PT da presidente Dilma Rousseff e do prefeito Paulo Garcia.

O deputado estadual sinaliza que pode pregar futuramente pelo rompimento com o Partido dos Trabalhadores, mas a intenção é permanecerem juntos enquanto isso. Por isso, na avaliação dele, ainda é cedo para deliberar sobre um novo acordo político. “Não dá para falar nisso ainda. Só no dia da convenção”.

Vale lembrar, entretanto, que as conversações para uma aliança entre o PMDB e o senador democrata para 2016 já estão avançadas. Após uma reunião com deputados peemedebistas no início do mês, Caiado confirmou ao Jornal Opção Online a união entre DEM e PMDB, garantindo que a aliança já estaria “nos finalmentes”. Na ocasião, o senador fez questão de frisar que o PT estaria fora da jogada, caso a coligação fosse mesmo adiante.

Relação estremecida

À reportagem, José Nelto também comentou sobre o anunciado rompimento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB) com o governo da presidente Dilma Rousseff. Para o deputado estadual, a posição de Cunha é pessoal, mas admite que a legenda “não pode comungar com a corrupção”.

“Se ele está errado ou não, o tempo dirá. Não sabemos como vai estar o Brasil em 2016, se o PT ainda vai estar no poder. A cada dia que passa o quadro está fechando”, defendeu.