Candidato da OAB Forte votou por volta das 10 horas e demonstrou confiança na vitória. Resultado será divulgado no final da tarde

Flávio Buonaduce após a votação | Foto: Alexandre Parrode
Flávio Buonaduce após a votação | Foto: Alexandre Parrode

A campanha para a eleição do próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil — seção Goiás (OAB-GO) chega ao fim nesta sexta-feira (27/11).

Após quase dois meses, o candidato ao posto mais alto da advocacia goiana será escolhido pela categoria em todo o Estado.

Durante a manhã, Flávio Buonaduce, da chapa OAB Forte, esteve no Centro de Convenções — local onde a votação está sendo realizada –, para abraçar seus eleitores e, claro, votar.

Em entrevista ao Jornal Opção, ele fez um balanço da campanha. Confira:

Como o senhor avalia os quase dois meses de período eleitoral?

De forma muito positiva, tivemos o cuidado de fazer uma campanha propositiva, respeitando todos os limites do provimento do Conselho Federal. Nossa estratégia foi de apresentar nossas propostas e colher também junto à sociedade da advocacia para que cheguemos no período final com a ascenção do projeto. É evidente nosso crescimento. Foi crescente e a proposta era essa. Um projeto sólido, construtivo e de propostas. Encerramos a campanha da forma que queríamos, junto aos advogados.

Seguimos nossa rota respeitando nossos adversários e lembrando que o advogado precisa ser exemplo. Neste momento, temos que respeitar o código eleitoral.

No começo da campanha o senhor elencou a manutenção do advogado no mercado de trabalho como principal bandeira. Continua sendo essa a prioridade?

Agora não temos nenhuma dúvida que estávamos no caminho correto. Quando conversamos com advogados, eles lamentam a dificuldade de se manter na profissão. Isso é óbvio e passa por uma necessidade de valorização profissional. Tudo que se fizer com o propósito de valorizar a advocacia vai refletir no fortalecimento do profissional.

Não podemos nos esquecer que a outra bandeira é recolocar a instituição à frente das grandes discussões. Algo que também nós sentimos falta. São duas frentes: a corporativa do profissional e a institucional.

Montagem das chapas foi decisiva. São 102 membros que vão comandar a OAB-GO nos próximos três anos. Nesse período, a Comissão Eleitoral chegou a cassar vários candidatos, principalmente das outras candidaturas. A OAB Forte foi a única que conseguiu reverter todos os impugnados.

Verdade. É a certeza de boas escolhas, você ter uma uniãode 102 advogados com o mesmo propósito é muito difícil e isso só acontece quando você tem realmente um propósito sincero na forma de tratar a instituição.

Tivemos a grata satisfação de receber quase 80% de novos integrantes, isso significa uma renovação real do nosso grupo. E é isso que nos fortalece e mostra que não fazemos jogo para ganhar eleição. Nossa proposta é apresentar um projeto sólido para a advocacia.

Os debates, que marcaram a campanha, mostraram o perfil dos candidatos. O senhor se destacou por evitar embates. Como o senhor lidou com o baixo nível por parte de outros candidatos?

Primeira surpresa foi a quantidade de debates, nunca vi uma campanha com dez debates. Faltou muito nível por parte dos demais candidatos, especialmente em tentar fazer com que o debate pudesse servir como uma ferramenta para que a advocacia conhecesse suas ideias. Nós insistimos muito nessa postura, fazendo discussão de ideias e não simpesmente desconstruir as pessoas e a história da própria advocacia. O que lamemtamos é isso.

Agora, esses momentos servem também para desconstruir discursos vazios. Aconteceu ao longo dos debates. Candidatos que defendiam determinadas posições que não tinham o menor conteúdo. Não conseguiram apresentar boas, ou pelo menos alguma ideia, de como resolveriam o problema da advocacia. O advogado não suporta mais isso. Ele quer saber o que determinado candidato pode fazer para melhorar sua vida. Infelizmente, isso não foi tônica dos debates. Nós fizemos nosso papel.

A falta de conhecimento chamou atenção, não é?

Mostrou o desconhecimento dos candidatos. Uma posição completamente equivocada de se apresentar a cada três anos como salvador da pátria sem sequer buscar informações para saber o que se acontece na instituição. É preciso demonstrar a vontade de conhecer a Ordem, e não vimos isso.

Quando se chega em um período eleitoral e o candidato sequer sabe o que está acontecendo, sendo aprovado pelo Conselho Federal, é muito triste. Pior se ele conseguir passar essa imagem torta e equivocada ao eleitor de que teria condições de administrar a Ordem, sem que saiba de fato onde ela fica.