Esta é a segunda vez que Jair Bolsonaro é intimado a depor por parte da PF

Presidente Jair Bolsonaro recebeu, nesta terça-feira, 14, intimação da Polícia Federal para prestar depoimento quanto ao caso de vazamento de dados de investigação sobre ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018. Quem decidiu intimar o presidente foi a delegada Denisse Ribeiro.

Isso, porque Bolsonaro utilizou o conteúdo do inquérito durante uma entrevista dada no dia 4 de agosto deste ano, com a intenção de atacar a segurança das urnas eletrônicas e do próprio sistema eleitoral brasileiro. A partir disso, o TSE solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que apurasse o caso. A investigação foi determinar ao Moraes entender que o caso se relacionava com o inquérito das Fake News.

Antes de intimar Bolsonaro a prestar depoimento, a delegada chegou a ouvir o delegado responsável pelo inquérito que fora afastado por Moraes e o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que teve acesso ao material. Em depoimento à PF, Barros chegou a afirmar que só soube da investigação através de uma denúncia que chegou à comissão do voto impresso. Além disso, ele alegou que a investigação divulgada por ele e pelo presidente não estava sob sigilo.

A entrevista em que Bolsonaro e Barros divulgaram as informações em questão foi realizada em menos de uma semana após a live em que o presidente levantou suspeitas sobre a segurança das urnas. Tanto a entrevista quanto a live entraram na mira do TSE quando este solicitou a abertura do inquérito ao ministro do STF.

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro é chamado para depor pela PF. Na última vez, o presidente foi intimado a prestar esclarecimentos sobre o inquérito que apura possível interferência no órgão, após acusações realizadas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.