No programa 4 por 4, presidente da República insistiu que não havia indícios mínimos de corrupção por parte do ex-ministro da Educação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, preso durante a operação Acesso Pago, da Polícia Federal (PF). Segundo ele, não havia “indícios mínimos de corrupção por parte” de Ribeiro. Em relatório enviado ao Ministério Público Federal (MPF), a PF diz que o ex-titular do MEC e os pastores evangélicos atuavam como “organização criminosa” na pasta.

“Quem começou essa investigação foi a Controladoria-geral da União a pedido do próprio Milton”, afirmou Bolsonaro durante entrevista do programa 4 por 4. “O Ministério Público foi contra a prisão do Milton. Não tinha indícios mínimos de corrupção por parte dele. No meu entender, ele foi preso injustamente”, completou o presidente.

A tese da organização criminosa é confirmada pelo próprio MPF. “As provas carreadas aos autos demonstram a articulação da ORCRIM para utilizar verbas públicas em contrapartida a benefícios próprios”, escreveu a procuradora Carolina Martins Miranda de Oliveira em seu parecer sobre o caso.

Na entrevista, Bolsonaro também falou sobre a suposta interferência dele na PF, uma vez que há gravação de telefonema entre Ribeiro e a filha em que o ex-ministro fala de um pressentimento do presidente sobre a operação de busca e apreensão.

Anteriormente, o mandatário, em entrevista à rádio Itatiaia, não havia defendido com tanta veemência o ex-ministro. “Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando. É um sinal que eu não interfiro na PF”, afirmou no último dia 22.

*Com informações do Metrópoles