Ao convidar quadros do MDB para compor sua gestão, governador sinaliza aproximação com Daniel Vilela

Membros e indicados do MDB mal desembarcaram da Prefeitura de Goiânia e já são sondados para compor o governo de Ronaldo Caiado (DEM). A ruptura entre o grupo de Daniel Vilela (MDB) e o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) disponibilizou bons quadros para a gestão do Estado, que também sinaliza uma aproximação do governador com os emedebistas — ambos já têm os olhos voltados para as composições político-eleitorais de 2022.

O primeiro nome convidado para se juntar ao governo de Ronaldo Caiado foi a ex-secretária municipal de Administração Marcela Araújo Teixeira. Embora não seja filiada ao MDB, a executiva esteve na Prefeitura de Goiânia durante todo o mandato de Iris Rezende e se manteve no início da gestão de Rogério Cruz como indicada do partido. Desde que foi exonerada, Marcela Teixeira passou a ser sondada pelo governo do Estado, e já tem como certa sua nomeação para atuar no setor de licitações do Estado.

O ex-presidente da Comurg Aristóteles de Paula, conhecido como Toti, também já foi procurado por integrantes do governo de Caiado. Ainda não há definições sobre qual função irá assumir, mas é dado como certo que vai aceitar o convite. Toti foi um dos nomes de confiança do ex-prefeito Iris Rezende e demonstrou liderança e capacidade de gestão à frente da Comurg. Além de ser técnico, é tido como expert em organizar campanhas eleitorais.

Outro ex-secretário de Rogério Cruz que deve assumir uma posição no governo do Estado é Zilma Percussor Peixoto. Ela já ocupou o cargo de secretária municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), coordenou o Grupo Executivo de Revisão do Plano Diretor de Goiânia e por último estava na Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Ela é tida como um dos melhores quadros técnicos do MDB, foi muito elogiada durante o governo de Iris e tinha muito apoio entre os vereadores da Câmara de Goiânia.

Ao deixar a Prefeitura de Goiânia, o ex-secretário Municipal de Cultura Kleber Adorno passou a ser o nome mais cotado para assumir a Secretaria Estadual de Cultura, que atualmente é comandada interinamente por César Moura. Por ter uma boa interlocução e pela sua experiência, ele deve receber o apoio do setor cultural para assumir a pasta estadual — somando muito ao governo do Estado.