Assim como a Assembleia, Câmara de Vereadores é palco de bate-boca

07 outubro 2015 às 11h47

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Presidente da Casa, Anselmo Pereira pediu que fosse cortada a palavra do colega Djalma Araújo. Já na semana passada deputados se agrediram fisicamente durante sessão

Os plenários da Câmara de Vereadores de Goiânia e da Assembleia Legislativa têm sido palcos de bate-boca nos últimos dias. E não foi diferente na sessão plenária desta quarta-feira (7), na sede do Poder Legislativos da capital.
Enquanto Dra. Cristina Lopes (PSDB) fazia pronunciamento, Djalma Araújo (Rede) pediu a palavra ao presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB). O tucano ficou irritado, pois momentos antes o colega já havia usado o microfone para falar sobre supostas irregularidades na distribuição da merenda escolar na cidade. Inclusive descascou e comeu uma banana na tribuna.
“Respeite o parlamento, rapaz. Se atenha! Faça chicana lá fora, você vai falar é no Conselho de Ética. Cortem a palavra dele! Que conversa fiada! Todo dia faz seu showzinho aqui, vira vereador, rapaz”, esbravejou Anselmo, do alto da mesa diretora. Djalma também gritava do plenário e foi contido por colegas. Depois, ambos se desculparam.
Na segunda-feira (5), Djalma protagonizou novo bate-boca. Desta vez com o líder da prefeitura na Câmara, Carlos Soares (PT), durante audiência pública sobre concessão de serviços públicos. Após o integrante da Rede rasgar o projeto diante de vários servidores, especialmente da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg).
O petista retrucou: “Vira homem! Assuma o que você faz! Agora vir fazer discurso para a massa? Faça o discurso correto. Fale a verdade para os trabalhadores. Terceirização é uma coisa, concessão é outra. Vem cá para ganhar voto, porque no dia de defender a Comurg o Clécio Alves e o Izídio Alves [vereadores] estão lá! Agora você vem cá na hora e quer falar que é o salvador da pátria, mentira!”, gritou.
Assembleia
Na última quinta-feira (1º), os deputados estaduais Major Araújo (PRP) e Talles Barreto (PTB) protagonizaram discussão acalorada, que resultou em agressões físicas. À luz de velas, já que a Casa estava sem energia no momento, o militar arremessou um tablet e um microfone contra o petebista.
Depois, Araújo disse que não temia pelo seu mandato. “Não adianta ameaçar. ‘Tô’ cag**** e andando para o meu mandato. Enquanto estiver na Assembleia vou defender os interesses do povo que me elegeu”, relatou, ao Jornal Opção.
Na sequência, Talles avisou em discurso na tribuna que fez boletim de ocorrência contra o colega. “Instaurei um inquérito policial por injúria e calúnia. Deputado, o senhor não vai me inibir, ninguém tem medo do senhor, não é melhor que ninguém, assume o que você fala, não arrume desculpas”, afirmou.
Tanto na Câmara quanto na Assembleia não foram abertos processo disciplinares nos respectivos conselhos de ética.